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Índice de Confiança do Consumidor cresce pela primeira vez no ano

27/04/2015 08h30


A confiança do brasileiro, em especial o de maior renda, melhorou em abril, com avaliações mais positivas sobre a economia, de acordo com a "Sondagem de Expectativas do Consumidor", da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que sintetiza a pesquisa, subiu 3,3%, de 82,9 pontos em março para 85,6 pontos neste mês, a primeira alta do ano.

O indicador, contudo, segue bem abaixo da média dos últimos 60 meses, de 113,4 pontos. Na comparação com abril do ano passado, a queda ainda é expressiva, de 20,1%.

"A primeira alta do ICC no ano é uma boa notícia, mas insuficiente para se caracterizar como uma mudança de tendência. A média móvel trimestral do índice continua em queda e o avanço de abril atingiu apenas duas das quatro faixas de renda monitoradas", afirmou, em nota, Aloisio Campelo Júnior, superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV-Ibre.

A confiança subiu 8,1% entre os consumidores que ganham entre R$ 4.800 e R$ 9.600 mensais e aumentou 6,9% entre aqueles que recebem mais de R$ 9.600 por mês. Nas faixas de renda mais baixas, houve queda: de 1,2% entre quem ganha de R$ 2.100 a R$ 4.800 e de 0,9% para quem recebe até R$ 2.100.

O resultado do Índice de Confiança em abril ocorre após três recuos consecutivos no início do ano, quando acumulou perdas de 13,8%.

Em abril, houve melhora tanto da satisfação com a situação presente quanto das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 3,3%, de 77,7 para 80,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) variou 2,7%, ao passar de 85,8 para 88,1 pontos.

A maior contribuição favorável ao IE veio do indicador de situação econômica futura, que apresentou alta de 9,7%, ao saltar de 70,2 pontos, em março, para 77 pontos. A proporção de consumidores afirmando que a situação melhorará nos próximos seis meses aumentou de 15,7% para 18,5% entre março e abril, enquanto a proporção dos que preveem piora diminuiu de 45,5% para 41,5% no mesmo período.

O indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual exerceu a maior influência na alta do ISA. A proporção de consumidores que consideram a situação de momento como boa foi de 5,7% em abril, ante 4,5% de março. A parcela dos que consideram a situação ruim, por sua vez, diminuiu de 77,6% para 76,1%.

A edição da sondagem em abril coletou informações de 2.197 domicílios, entre os dias 1º e 22 deste mês.