Índice de Preços ao Produtor tem maior alta em cinco anos, mostra IBGE
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,93% em março, a maior variação para qualquer mês desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2010, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi puxado, principalmente, pela alta do dólar ante o real, de 11,5% no mês.
Em fevereiro, o IPP teve alta de 0,26% na comparação com o mês anterior. No acumulado deste ano, por ora, o índice sobe 2,22% e, em 12 meses, aumenta 4,94%. Em março de 2014, o indicador tinha recuado, 0,21%.
O IPP mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.
"Setores que são muito atrelados ao câmbio estão aparecendo como as principais influências", segundo o coordenador do IPP, Alexandre Brandão.
Na passagem de fevereiro para março, 19 das 23 atividades tiveram variações positivas nos preços. As maiores altas ocorreram em outros equipamentos de transporte (7,86%), fumo (5,58%) e outros produtos químicos (5,56%).
Em pontos percentuais, o maior impacto para a formação do IPP de março foi observado em outros produtos químicos (0,57 ponto), alimentos (0,35 ponto) e metalurgia (0,21 ponto) e outros equipamentos de transporte (0,18 ponto).
De acordo com o IBGE, a desvalorização do real e o aumento do preço da energia elétrica estão na base dos aumentos da categoria "outros produtos químicos" verificados em março.
No caso dos alimentos, a menor oferta - de leite e açúcar -, e o câmbio, atrelados a uma maior demanda, no caso da soja, explicam os movimentos dos preços, segundo o instituto.
Metalurgia foi influenciada especialmente por chapas e tiras de alumínio e, outros equipamentos de transporte, pelo câmbio. O IBGE destaca o impacto do câmbio sobre aviões, produto com maior contribuição na composição do índice desse segmento.
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