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Fiat coloca 2.000 em férias coletivas pela segunda vez no ano em MG

06/05/2015 16h41

A partir da próxima semana, 2.000 funcionários da fábrica da Fiat em Betim (MG) entram em férias coletivas. É a segunda vez neste ano que a montadora recorre a essa medida. A direção da empresa diz que se trata de uma forma de evitar, ao menos por ora, demissões num momento em que as vendas de automóveis atravessam um período de forte baixa. A Fiat é a líder de vendas no mercado brasileiro.

A empresa não informou em que linhas de produção os funcionários que sairão em férias trabalham. O descanso forçado começa no dia 11 e vai até o dia 31. A Fiat em Betim tem 19 mil trabalhadores. Entre 9 e 30 de março, a Fiat já havia dado férias coletivas a outro grupo de 2.000 empregados.

O setor automotivo tem sido fortemente atingido pelo fraco desempenho da economia desde o ano passado. A estimativa da associação dos fabricantes, a Anfavea, é que as vendas em 2015 fiquem 13,2% menores que as do ano passado. O total de veículos, incluindo carros, ônibus e caminhões, foi de 3,5 milhões. Desse valor, 3,3 milhões foram de veículos leves. A Anfavea prevê que as vendas nesse segmento cairão 12,3% este ano.

Até março, o setor (incluindo os fabricantes de máquinas agrícolas) empregava 140,9 mil pessoas. Em março do ano passado eram 155,5 mil, segundo a Anfavea.

A FCA (Fiat Chrysler Automobiles) inaugurou no fim de abril uma segunda fábrica do Brasil, em Goiana (PE), onde está sendo produzido o Jeep Renegade. A planta tem 2.000 funcionários diretos e concentra as esperanças na Fiat de que a demanda pelo utilitário esportivo compacto possa compensar parcialmente as vendas fracas de outros modelos do grupo.

A Iveco, empresa que integra o grupo Fiat, e que também tem fábrica em Minas, no município de Sete Lagoas, já demitiu cerca de 700 funcionários no período de um ano, reduzindo o contingente de mão de obra para 3.000. A empresa, assim como a Fiat, tem parado as linhas de produção em feriados emendados. Neste momento, no entanto, não há nenhuma medida especial para reduzir o número de empregados em atividade.