Ibovespa cai com pressão de Petrobras, Vale, bancos e siderurgia

O Ibovespa tem um dia negativo nesta terça-feira, na contramão dos mercados internacionais, pressionado por suas principais ações: Petrobras, Vale, bancos e siderúrgicas. Às 11h40, o principal indicador da BM&FBovespa recuava 1,32%, para 55.461 pontos.

A ação PNA da Vale recuava 1,88% às 11h36. Segundo o estrategista da XP Investimentos Celson Plácido, o movimento é reflexo da nova queda do minério de ferro, de 3,5%, para US$ 58,53 a tonelada.

Sobre Petrobras, Plácido comenta que não recomenda exposição ao ativo e, inclusive, elevou sua posição short (vendida) na carteira short semanal, de 15% para 20% a partir de ontem, após o resultado. Apesar de o balanço ter superado as expectativas, ontem mesmo analistas questionavam alguns pontos, e o banco Goldman Sachs chegou a divulgar relatório rebaixando os recibos de ação (ADRs) da companhia para venda.

Plácido, da XP, diz que o resultado da estatal veio acima do esperado, mas a relação da dívida líquida sobre o Ebitda segue muito elevada. Ele comenta que a relação anualizada está em 4,22 vezes. "A dívida líquida segue sendo um problema e não acreditamos que a companhia reporte bom resultado operacional, principalmente, na linha abastecimento, só e somente só, se elevar os preços de combustíveis novamente, pois os preços estão no mesmo patamar dos preços internacionais", diz.

Bancos seguem sendo descontados pela notícia divulgada pelo Valor ontem de que está praticamente certa a elevação da CSLL para as instituições financeiras, de 15% para 17%. Itaú PN recua 1,49% e Bradesco PN cai 1,59%.

Já as siderúrgicas são lideradas por Usiminas, cuja ação PNA cai 4,40%. CSN perde 4,48%. Usiminas recua após anunciar que vai desligar temporariamente os altos-fornos número 1 das usinas de Cubatão (SP) e Ipatinga (MG) a partir de 31 de maio e 4 de junho, respectivamente. O objetivo do ajuste é adequar a produção ao atual ritmo de demanda do mercado siderúrgico.