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Ações de bancos se recuperam e Bovespa fecha em alta

25/05/2015 17h46


A Bovespa registrou metade do volume de um pregão normal nesta segunda-feira devido aos feriados nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Sem a presença dos estrangeiros e das operações de arbitragem com ADRs (recibos de ações negociados na bolsa de Nova York), o mercado brasileiro ficou com liquidez mais enxuta, mas se firmou em terreno positivo ao longo da tarde, com recuperação de ações de bancos e do setor elétrico.

O Ibovespa fechou em alta de 0,43%, aos 54.609 pontos, com volume de apenas R$ 3,611 bilhões. Entre as principais ações do índice, apenas Petrobras PN (-2,14%) e ON (-1,91%) terminaram em baixa. Vale PNA (1,75%) e ON (1,53%) puxaram os ganhos, acompanhados dos bancos: Banco do Brasil ON (3,64%), Santander Unit (2,11%), Bradesco PN (0,58%) e Itaú PN (0,36%).

As ações da Vale acompanharam a recuperação no preço do minério de ferro, que hoje subiu 2% nos portos chineses, para US$ 61 por tonelada. Já os bancos passaram por correção, após caírem por cinco pregões seguidos. "Teve o aumento da alíquota da CSLL na semana passada, mas ainda pode vir mais coisa sobre os bancos, como o fim da compensação de imposto no pagamento de juros sobre capital", alerta o analista Pedro Galdi, do blog Whatscall.

Além disso, Galdi ressaltou que o clima político não anda dos melhores, diante da polêmica provocada pela ausência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na entrevista coletiva sobre os cortes no Orçamento, na sexta-feira. "As especulações seriam de que ele estaria se ?rebelando' contra o governo porque o corte foi menor do que ele queria, mas Levy rebateu as afirmações, dizendo que não foi porque estava muito resfriado. Vamos esperar para ver no que tudo isso vai dar", afirmou, acrescentando que o mercado está acompanhando de perto a aprovação das medidas de ajuste fiscal pelo Congresso.

No topo do Ibovespa ficaram as geradoras de energia elétrica: Eletrobras PNB (6,07%) e ON (4,77%), Cemig PN (3,12%) e Copel PNB (2,88%). O mercado espera por uma solução para o rombo bilionário provocado pelo déficit hídrico das geradoras. Especialistas de mercado apontam que os gastos para suprir a geração efetiva e aquela acordada em contratos possam chegar a R$ 30 bilhões neste ano.

Analistas acreditam que, apesar da sinalização negativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a transferência de parte desse risco hidrológico para os consumidores, a decisão final cabe ao Ministério de Minas e Energia (MME), que estaria mais sensível ao pleito das geradoras.

Entre as maiores baixas terminaram Marcopolo PN (-3,41%), Estácio ON (-2,64%) e Marfrig ON (-2,35%). Além de Estácio, outras ações de empresas de educação, como Ser ON (-2,25%) e Anima ON (-5,19%) devolveram ganhos da semana passada, quando subiram em função da expectativa de que o governo reabra o financiamento estudantil (Fies) no segundo semestre. Kroton ON (1,43%) passou o dia no vermelho, mas se recuperou no fim do pregão.