Vaccari e ex-deputados serão transferidos para presídio em Curitiba
O juiz responsável pela Operação Lava-Jato na primeira instância da Justiça Federal do Paraná, Sergio Moro, autorizou a transferência do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e de três ex-parlamentares presos preventivamente na carceragem da Polícia Federal (PF) de Curitiba para o complexo penal médico da capital paranaense.
A decisão de Moro atende a pedido do delegado Igor Romário de Paula, que alega haver falta de espaço na custódia da PF.
André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) estão presos preventivamente e respondem à ação penal por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, desvio de dinheiro público praticado por servidor. Vaccari responde por corrupção e lavagem.
"De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos", justificou Sergio Moro. O juiz, no entanto, negou a transferência do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, também acusado por crime de corrupção, "por ora reputando oportuno aguardar o próximo julgamento de ação penal já em fase final". Os réus comparecem às audiências do processo penal.
No despacho, o magistrado observa que não ouviu as defesas dos réus que serão removidos, "pois rigorosamente não há um direito de ser recolhido à prisão no local de preferência do preso."
Segundo a PF, as transferências vão ocorrer amanhã, terça-feira, em horário ainda não definido.
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