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CNT entrega a Levy plano de transporte logístico de R$ 1 trilhão

27/05/2015 11h41


O presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, entregou na manhã desta quarta-feira ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, um plano em Transporte Logístico elaborado pela entidade, que prevê investimentos da ordem de R$ 1 trilhão.

"Mostramos para o ministro que, aliado ao ajuste fiscal e ao processo recessivo, nós precisamos de algumas vitaminas, como plano que apresentamos", afirmou Andrade. O estudo identificou cerca de 2 mil projetos para melhorar a infraestrutura de transportes no Brasil.

Andrade ressaltou, no entanto, que sabe que o governo não tem dinheiro para esse investimento no momento, mas propôs a Levy que ao menos R$ 500 bilhões do total sejam realizados por meio da iniciativa privada. "Seria uma forma de minimizar a pré-recessão que está ocorrendo e ativar a economia" , disse.

Dos investimentos previstos no plano da CNT, Andrade diz que cerca de R$ 200 bilhões devem ser direcionados a rodovias, mais de R$ 150 bilhões a ferrovias, e outros R$ 100 bilhões a armazém e estocagem. Ele criticou a falta de visão sistêmica do governo a respeito do transporte.

Apoio

O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antonio Oliveira Santos, também se reuniu com Levy nesta quarta-feira e disse que a classe produtiva apoia o ministro da Fazenda.

Levy se reuniu hoje com presidentes de seis confederações patronais - além de CNC e CNT, CNI (indústria), CNS (serviços), CNA (agricultura e pecuária) e CNF (instituições financeiras)

"O Brasil tem problemas, mas eles estão sendo enfrentados. O ministro tem grande apoio das classes produtivas, do comércio e da indústria", disse Santos, após sair da reunião.

O dirigente também apontou a necessidade de redução da burocracia para estimular a produção no Brasil. Segundo ele, o ministro "sinalizou que está tentando e vai fazer, e nós vamos ajudá-lo".

O ministro Levy saiu logo após o fim da reunião para um encontro na Casa Civil, da qual também participará o ministro Nelson Barbosa. Nitidamente sem voz, Levy não quis responder às perguntas da imprensa.