PF prende 8 em operação contra extração ilegal de pedra preciosa
A Polícia Federal (PF) prendeu oito pessoas, entre as quais um deputado estadual e empresários, suspeitas de lavagem de dinheiro bilionária a partir da extração ilegal de turmalina paraíba, ou turmalina azul, considerada uma das pedras preciosas de maior valor de mercado, segundo a investigação.
A Operação Sete Chaves contou com 130 policiais federais que cumpriram oito mandados de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão e oito de sequestro de bens em São Paulo, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Norte.
As pedras eram extraídas de São José da Batalha, distrito do município paraibano de Salgadinho, e enviadas à Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde eram expedidos certificados falsos de exploração. O material era enviado a Governador Valadares, em Minas Gerais, de onde seguia para comercialização em mercados do exterior como Bangcoc, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
A negociação dos minerais preciosos envolvia um complexo esquema de remessas de recursos ao exterior por meio de empresas offshore localizadas em paraísos fiscais, de acordo com o inquérito policial.
A investigação aponta que "um gigantesco volume dessas pedras já esteja nas mãos de joalheiros e de particulares no exterior".
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) - que participou da operação - uma única pedra de turmalina azul pode alcançar o valor de R$ 3 milhões.
A ação policial contou ainda com apoio fiscal da Receita Federal.
Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, formação de organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.
O nome "Sete Chaves" é uma menção ao fato de que os negociadores do mercado negro tentavam manter em segredo o fato de que a turmalina azul tem grande valor comercial no exterior.
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