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Em dia apático, Bovespa sobe e dólar cai

01/06/2015 13h32


Os mercados de moedas e ações têm um começo de semana apático no Brasil e passam por leves correções. As variações também são limitadas na Europa e nos Estados Unidos, o que esfria os negócios.

As incertezas sobre a Grécia continuam a pender sobre os mercados, com o país e os credores internacionais ainda buscando chegar a acordo que evite o calote da dívida grega e a saída do país da zona do euro. A Grécia terá de fazer um pagamento de 300 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional nesta sexta-feira.

Câmbio

Depois de ter batido R$ 3,2140, maior patamar em dois meses, o dólar anulou a alta registrada no começo do dia e passou a operar entre leves quedas e estabilidade frente ao real.

O operador de câmbio de um banco estrangeiro diz que o real abriu muito pressionado, mas uma combinação de entradas de recursos no mercado e investidores embolsando lucros tirou o dólar das máximas.

A realização de lucros é respaldada pelo forte movimento do dólar nos últimos dias. Nas 11 sessões passadas, a moeda subiu em nove, acumulando no período apreciação de 6,39%. O real terminou maio com o terceiro pior desempenho ante o dólar numa lista de 34 divisas, com baixa de 5,49%.

Às 13h15, o dólar comercial caía 0,22%, para R$ 3,1775. O dólar julho tinha baixa de 0,08%, a R$ 3,2010, depois de marcar R$ 3,2460 na máxima do dia.

O euro comercial recuava 1,10%, a R$ 3,4579.

Juros

Os juros futuros de curto prazo operam em alta na BM&F nesta segunda-feira, sustentados pela visão de que o Banco Central deve continuar com seu tom mais duro devido à resistência das expectativas de inflação, que para 2016 seguem acima do centro da meta.

De acordo com o relatório Focus, o IPCA previsto pelo mercado para o próximo ano é de 5,50%, 1 ponto percentual acima dos 4,50%, centro da meta do BC. Essa é a taxa que o BC tem insistido que precisa colocar a inflação no fim de 2016.

O BC decide na quarta-feira o nível do juro básico Selic, e a expectativa majoritária de analistas consultados pelo Valor é de alta de 0,50 ponto percentual, o que levará a taxa a 13,75% ao ano.

O DI para janeiro de 2016 estava em 13,890% ao ano, ante 13,849% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 subia a 13,370%, contra 13,319% no último ajuste.

Já as taxas mais longas oscilam mais em torno da estabilidade. O DI janeiro de 2021 marcava 12,340%, frente a 12,349% no ajuste de sexta-feira.

Bolsa

O Ibovespa opera com pequenas variações nesta segunda-feira, com tentativa de recuperação após a perda de 2,25% na sexta-feira. O Ibovespa subia 0,50% às 13h15, para 53.027 pontos.

Ações de bancos seguem no lado negativo das mais negociadas e impedem alta maior do índice. As instituições financeiras foram afetadas por medidas tomadas pelo Conselho Monetário nacional (CMN) e pelo Banco Central para estimular a concessão de crédito imobiliário e rural.

As ações da Qualicorp disparam, com alta de 16%, após despencarem e caírem quase 20% na sexta-feira. A desvalorização ocorreu na esteira do rumor de que José Seripieri Filho, proprietário e fundador da Qualicorp, estar ia envolvido na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, conforme notícia veiculada na imprensa. A informação foi desmentida no fim da tarde de sexta, mas não evitou a queda dos papéis da Qualicorp. Na manhã de hoje a Qualicorp anunciou a recompra de 2 milhões de ações em circulação.