IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Bovespa sobe mais de 1% e dólar opera na casa de R$ 3,13

02/06/2015 13h50


O pregão de terça-feira é de maior apetite por risco no Brasil. A captação de US$ 2,5 bilhões da Petrobras afeta os mercados nesta terça-feira e ajuda na alta da Bovespa e na queda do dólar. A empresa pagou uma taxa considerada elevada, de 8,45%, mas os bônus, com prazo de cem anos, tiveram demanda de US$ 13 bilhões.

O dólar chegou a cair mais de 1% na comparação com o real. Além da expectativa de entradas de mais recursos via captações, a moeda segue a cena externa.

Na Bovespa, além da emissão da Petrobras, a oferta inicial de ações da Par Corretora também teve demanda elevada, o que anima os negócios.

Um dia antes da decisão de política monetária do Banco Central (BC), os juros futuros de curto prazo sobem na BM&F. A aposta majoritária é de um aumento de 0,50 ponto percentual da Selic, que levaria a taxa para 13,75% ao ano.

Bolsa

O Ibovespa opera em alta, na contramão dos mercados internacionais. Vale, uma produção industrial melhor que o esperado, a alta das commodities metálicas no exterior, a oferta de ações da Par Corretora e o lançamento de títulos da Petrobras impulsionam as ações. O índice subia 1,91% ao redor de 13h40, para 54.044 pontos.

A Par Corretora aumentou ontem o preço máximo de sua oferta inicial de ações, com demanda maior que o esperado. Também no dia anterior a Petrobras fechou uma captação de US$ 2,5 bilhões em bônus com prazo de cem anos. A demanda chegou a US$ 13 bilhões.

Petrobras PN subia 3,79% e a ação ON ganhava 4,65%. Vale PNA avançava 6,62% e ON aumentava 5,98%. O Itaú BBA elevou a recomendação para a empresa, de "underperform" para neutra", com o "fim de uma tendência negativa de revisão de ganhos".

As ações da Oi tinham elevação de 5,82%, após a companhia divulgar que concluiu a venda da participação que possuía na PT Portugal SGPS para a Altice Portugal.

Câmbio

O dólar cai ante o real nesta terça-feira, afastando-se da máxima em dois meses alcançada no dia anterior, acima de R$ 3,20. As vendas são puxadas pelo cenário externo, onde o dólar tem queda generalizada, e são reforçadas no plano doméstico após a emissão bilionária da Petrobras ter alimentando expectativas de mais ingressos de recursos via captações.

Ao redor de 13h40, o dólar comercial recuava 1,14%, a R$ 3,1357. O dólar para julho cedia 1,05%, a R$ 3,1675.

Juros

Os juros futuros de curto prazo sobem na BM&F nesta terça-feira, com os agentes monitorando o cenário externo e fazendo ajustes de posições na véspera da decisão de política monetária do BC.

A aposta majoritária é de um aumento de 0,50 ponto percentual da Selic, que levaria a taxa para 13,75% ao ano. Mas as apostas para os encontros seguintes mostram alguma divergência entre os economistas, que preveem no máximo uma alta de 0,25 ponto em julho, e profissionais de mesa de operações, que não descartam a extensão do ciclo de aperto monetário.

O que o mercado se pergunta agora é se o BC poderá já no comunicado que acompanhará a decisão da Selic amanhã dar algum sinal sobre um eventual fim do ciclo de aperto monetário.

Perto das 13h40, o DI janeiro de 2016 - que reflete as apostas para o patamar da Selic no fim de dezembro - subia a 13,92% ao ano, ante 13,910% no ajuste anterior.

O DI janeiro de 2017 tinha taxa de 13,48%, contra 13,420% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 marcava 12,47%, frente a 12,409% no ajuste de ontem.