Câmbio e energia elevam custo da indústria no 1º trimestre, aponta CNI
O Indicador de Custos Industriais registrou alta de 0,8% entre o trimestre final de 2014 e os três primeiros meses deste ano, puxado pela valorização do dólar frente ao real, que encareceu os insumos importados, e pela forte elevação dos preços de energia elétrica, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o custo industrial teve expansão de 3%. O Indicador de Custos Industriais é formado pelo custo tributário, de capital de giro e de produção, que é calculado a partir da evolução dos gastos com energia, pessoal e bens intermediários.
Entre janeiro e março, perante o trimestre antecedente, o custo com bens intermediários importados cresceu 8,2%, enquanto o da energia elétrica subiu 8,7%. Segundo a CNI, como os preços dos produtos industrializados no mercado interno aumentaram 1,5% foi possível uma recomposição das margens de lucro das empresas. Também houve um aumento considerável (6%) do custo do capital de giro.
A alta do Indicador de Custos Industriais teria sido quase o dobro do apurado, conforme a CNI, não fosse a queda no custo tributário (-3,3%). Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, houve baixa de 2,7% devido à redução de 4% da contribuição da indústria para a Previdência Social sobre o Produto Interno Bruto (PIB) industrial.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o indicador de custos industriais teve alta de 3%, enquanto que os preços dos manufaturados aumentaram 4%. Somente o gasto com energia contribuiu com um aumento de 28,4%. "Esse aumento foi resultado de uma expansão de 36,1% na energia elétrica e de 7,4% no óleo combustível", diz o estudo. "O aumento no custo com energia elétrica no último ano mais do que compensou a redução verificada entre 2012 e 2013", explica a CNI.
Segundo a entidade, o custo da produção - que subiu 1,8% ante último trimestre de 2014 e 4,6% na comparação com os três primeiros meses de 2014 - sofreu com os efeitos da desvalorização do real. O custo dos bens intermediários aumentou 1,4% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao período imediatamente anterior. Essa alta foi impulsionada pela elevação de 8,2% nos intermediários importados.
O câmbio também foi responsável pela elevação de 5,6% registrada no preço dos produtos industrializados importados. "Como os custos industriais cresceram 0,8%, os produtos manufaturados brasileiros se tornaram mais competitivos", avalia o estudo.
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