Dólar e juros futuros sobem com aversão a risco por Grécia
O dólar e os juros futuros operam em alta nesta segunda-feira, pressionados pela aversão a risco que domina o cenário externo, em meio a expectativas de um "default" pela Grécia que pode culminar com a saída do país da zona do euro.
O premiê grego, Alexis Tsipras, anunciou no fim de semana um referendo para o próximo domingo, dia 5, sobre os termos dos mais recentes programas de socorro ao país. A decisão irritou ainda mais líderes europeus, que decidiram no sábado não desembolsar mais recursos para salvar Atenas. Numa medida de urgência para evitar o colapso do já frágil sistema financeiro da Grécia, Tsipras informou no domingo o fechamento dos bancos por esta semana e a imposição de controles de capital. A Bolsa de Atenas não funcionará nos próximos dias.
A Grécia precisa pagar 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) até amanhã, e o não pagamento desse empréstimo pode abrir caminho para a saída do país da zona do euro, um evento sem precedentes e cujos riscos ao sistema financeiro global ainda são desconhecidos.
As principais moedas emergentes exibem firmes perdas ante o dólar, enquanto o juro do Treasury de dez anos recua forte, numa evidência de busca por segurança.
No Brasil, os juros futuros têm oscilações mais expressivas que o dólar, pressionados pelo contexto doméstico após novas denúncias advindas da operação Lava-Jato atingirem os dois principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff: o ministro-chefe da Casa Civial, Aloizio Mercadante, e o ministro da Secretaria da Comunicação Social, Edinho Silva.
Às 9h49, o DI janeiro de 2016 subia a 14,320% ao ano, ante 14,299% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 ia a 14,120%, contra 14,049% no último ajuste. O DI janeiro de 2017 avançava a 12,770%, frente a 12,679% do ajuste de sexta-feira.
No câmbio, às 10h, o dólar comercial se valorizava 0,35%, para R$ 3,1382. Na máxima, a cotação foi a R$ 3,1496, maior patamar intradia desde 11 de junho, quando bateu R$ 3,1708. O dólar julho, cujo último dia de negociação é amanhã, subia 0,16%, para R$ 3,1390.
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