IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Ibovespa cai com Grécia, mas Petrobras sobe com novo plano

29/06/2015 10h50


O Ibovespa abriu em queda nesta segunda-feira, com os mercados internacionais estressados pela situação da Grécia. Às 10h43, o principal índice da BM&FBovespa recuava 0,91%, para 53.526 pontos.

A exceção fica por conta da Petrobras, que hoje publicou o seus plano de negócios para o período de 2015 a 2019, uma iniciativa amplamente esperada pelo mercado. As ações da estatal são as únicas a apresentar avanço no Ibovespa: as preferenciais subiam 1,89% e, as ordinárias, 1,71%.

O novo plano da estatal prevê uma redução de 37% nos investimentos se comparado ao planejamento anterior. Ao todo, a companhia anunciou aportes de US$ 130,3 bilhões entre 2015 e 2019, ante os US$ 206,8 bilhões previstos na carteira de projetos em implantação e licitação do plano anterior.

A Petrobras revisou também seu programa de desinvestimentos, de US$ 13,7 bilhões para US$ 15,1 bilhões para o biênio 2015/2016, uma variação positiva de 10,2%.

No cenário internacional, a Grécia fechou hoje o seu sistema bancário, ordenando os bancos a paralisar suas operações por seis dias, e o banco central começou a impor controles para evitar uma debandada de capital para fora do país.

As medidas colocam a Grécia mais perto que nunca de uma saída do euro e levam a própria moeda que une o bloco de países europeus a águas desconhecidas. A decisão foi tomada depois que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu, em uma sessão de emergência ontem, domingo, não expandir os fundos de emergência que vêm sustentando os bancos gregos, num momento em que clientes assustados sacam seu dinheiro do sistema bancário.

As medidas significam que Atenas provavelmente não pagará amanhã a dívida de 1,54 bilhão de euros (US$ 1,72 bilhão) ao FMI. A ajuda para a Grécia expira no mesmo dia, o que significa que o país não estará mais protegido por um pacote de socorro internacional. No sábado, os ministros de Finanças dos demais países da zona do euro rejeitaram o pedido da Grécia de extensão de um mês para a realização do plebiscito.

Mas há ponderações nos efeitos dessa crise nos mercados. O J.P. Morgan diz, em nota dessa manhã, que a atmosfera geral é muito mais calma do que muitos temiam. O banco comenta que as expectativas de que o plebiscito no país aprove a reforma e as propostas fiscais estão crescendo.