Petrobras tem menos risco de perder grau de investimento, diz Deutsche
O Deutsche Bank acredita que o plano de negócios 2015-2019 apresentado ontem, segunda-feira, pela Petrobras reduz a chance de a companhia perder o grau de investimento junto às agências de rating Fitch e S&P.
A Petrobras anunciou ontem um plano de negócios que reduz em 37% os investimentos nos próximos cinco anos, para US$ 130,3 bilhões. A meta de desinvestimentos da empresa para 2015 e 2016 subiu 10,2%, para US$ 15,1 bilhões.
"As metas de capex [investimento] e de produção mais baixas reduziram os riscos de execução, a nosso ver, mas eles ainda existem, dado os desafios enfrentados pelas empreiteiras brasileiras", afirma o relatório assinado pelo analista Eduardo Vieira.
O acompanhamento aponta ainda que, com o novo plano de negócios, a Petrobras tem uma chance maior de levar a alavancagem líquida para menos de quatro vezes nos próximos cinco anos, o que deve ajudar na manutenção do grau de investimento. A alavancagem da empresa estava em 4,7 vezes em abril deste ano.
O anúncio de redução da meta de produção para 2020 também foi bem recebido pelo Deutsche Bank. Para a instituição, a meta de 2,8 milhões barris diários de petróleo, uma redução de 33,3% em relação à projeção anterior, parece mais viável do que o último plano.
A redução drástica da produção, contudo, pode afetar a avaliação da Fitch, que afirmou no início do ano que uma mudança considerável nas metas poderia desencadear um rebaixamento do rating da companhia em relação ao atual "BBB-".
"Em nossa opinião, os principais riscos negativos para a Petrobras incluem preços mais baixos do petróleo, a produção mais fraca do que o esperado, uma fraca relação entre o real e o dólar nos próximos dois anos e multas potenciais de ações judiciais por partes interessadas", diz o texto.
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