Dólar e juros futuros vão às máximas do dia com dados melhores nos EUA
O dólar e os juros futuros operam nas máximas intradiárias nesta quarta-feira, amparados pelos dados melhores que o esperado vindos do mercado de trabalho privado nos Estados Unidos. Os números reforçam sinais de melhora do emprego nos EUA e endossam leituras de que o Federal Reserve (Fed) está a caminho de subir juros, a despeito da crise grega.
Às 10h35, o dólar comercial subia 0,31%, para R$ 3,1187, depois de oscilar entre R$ 3,0989 e R$ 3,1177. O dólar para agosto avançava 0,27%, a R$ 3,1475, após máxima de R$ 3,1520.
No mercado de juros futuros, o DI janeiro de 2017 ia a 13,980% ao ano, contra 13,939% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 tinha alta a 12,720%, frente a 12,679% no ajuste de ontem. Na ponta mais curta, o DI janeiro de 2016 estava em 14,270%, ante 14,240% no ajuste anterior.
O setor privado americano gerou, em termos líquidos, 237 mil postos de trabalho em junho, de acordo com dados divulgados pela ADP, empresa especializada na gestão de folha de pagamento. Foi a maior abertura líquida de postos desde dezembro de 2014. O número ficou acima da expectativa de consenso de analistas ouvidoldos pelo "The Wall Street Journal", que indicava criação de 220 mil vagas.
Os dados aumentam expectativas de que o "payroll" de junho, a ser divulgado amanhã, também supere as previsões e fortaleça o caso de o Fed subir os juros ainda neste ano.
O movimento dos mercados hoje pode ser influenciado ainda por mais indicadores econômicos nos Estados Unidos, entre eles números do setor manufatureiro de junho.
No Brasil, o noticiário fiscal segue no radar. Menos de 24 horas depois da divulgação de dados fiscais que indicaram um distante cumprimento da meta de superávit primário do ano, o Senado Federal aprovou reajuste salarial médio de 56% para servidores do Judiciário. A estimativa do Ministério do Planejamento é que a medida imponha gastos adicionais de R$ 25 bilhões pelos próximos quatro anos, impossível de ser absorvido em um momento de ajuste fiscal.
À noite, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, profere palestra em São Paulo. As declarações de Tombini podem influenciar a abertura dos mercados na quinta-feira. Na véspera, comentários do diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, foram interpretados como mais suaves e ditaram a queda nos DIs.
Os mercados externos reagem por ora positivamente a sinais de que Grécia e seus credores podem reforçar as discussões para se chegar a um acordo.
O premiê grego, Alexis Tsipras, disse a credores internacionais que a Grécia poderia aceitar um novo resgate financeiro caso algumas condições demandas pelos credores fossem alteradas. Há ceticismo, no entanto, da parte da Berlim, que ameaçou não negociar com Atenas caso o governo grego ainda realize o referendo previsto para o próximo domingo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.