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Bovespa sobe com bancos e Petrobras, impulsionada por dado dos EUA

02/07/2015 17h41


O dado mais fraco do que o esperado de geração de empregos nos Estados Unidos alimentou as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manterá os juros próximo de zero pelo menos até o fim do ano, favorecendo o fluxo de capitais para a bolsa brasileira nesta quinta-feira. A Grécia não fez preço no mercado local hoje, mas foi monitorada pelos investidores, que aguardam o resultado do referendo de domingo sobre a aceitação da população à proposta de socorro financeiro ao país.

As ações mais líquidas do Ibovespa - bancos e Petrobras - puxaram os ganhos. Além do fluxo externo positivo, a notícia sobre os planos para a BR Distribuidora também ajudou a impulsionar os papéis da estatal. A venda de uma fatia na empresa ou a atração de um sócio privado deve ser o primeiro passo do plano de venda de ativos da Petrobras, medida necessária para reduzir seu nível de endividamento. Em tese, se vender metade do capital na bolsa a sócios, a Petrobras arrecadaria algo próximo a R$ 20 bilhões.

Vale se recuperou no fim do dia, mas passou a maior parte do pregão entre as maiores baixas, junto com as siderúrgicas, pressionadas pelo recuo de mais de 5% no preço do minério de ferro na China, para US$ 55,80 por tonelada. Além disso, o índice de atividade (PMI) da Indústria do aço na China caiu de 42,4 para 37,4 em junho.

O Ibovespa subiu 0,66%, para 53.106 pontos, com volume de R$ 5,455 bilhões. Bradesco PN subiu 1,83%, seguida por Itaú PN (1,33%), Petrobras PN (0,98%) e Petrobras ON (0,88%). Já Ambev ON (-0,10%), Vale PNA (0,25%) e Vale ON (-0,22%) terminaram próximas da estabilidade.

Na ponta negativa do índice ficaram Gerdau PN (-3,89%), Gerdau Metalúrgica PN (-3,32%) e Gol PN (-3,23%). Entre as maiores altas terminaram Marcopolo PN (5,77%), Qualicorp ON (3,60%) e Rumo ON (3,07%).

As ações da Marcopolo passaram por correção após sucessivas quedas desde 26 de junho, quando foram anunciadas mudanças no comando da fabricante de ônibus. Francisco Gomes Neto foi nomeado para a presidência da companhia em substituição a José Rubens de La Rosa, que esteve no comando da Marcopolo por 15 anos. Gomes Neto assume o cargo em 3 de agosto.

A companhia passa por momento difícil após apresentar queda 37,4% no lucro do primeiro trimestre, para R$ 34 milhões, e anunciar no início de junho a extensão do regime de flexibilização de trabalho, com corte de até seis dias por mês.