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Inflação da baixa renda abranda em junho, mas marca 9,52% em 12 meses

06/07/2015 08h46


A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda desacelerou em junho, influenciada pela queda dos preços de alguns alimentos e o fim do efeito da forte alta da tarifa de energia elétrica registrada nos meses anteriores. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,85% no mês passado, depois de registrar elevação de 0,95% em maio.

Apesar da desaceleração, o IPC-C1 ficou bem acima do registrado em junho do ano passado, quando registrou alta de 0,35%. O índice acumulou avanço de 7,21% no ano e de 9,52% em 12 meses.

Em junho, a inflação das famílias que recebem até 2,5 salários mínimos mensais foi maior que a das famílias em geral, esta medida pelo IPC-BR, que subiu 0,82% no mês e 9,15% em 12 meses.

Metade das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentou taxas menores em junho ante maio. Alimentação, por exemplo, foi de 1,16% para 1,02% de aumento, assim como Saúde e cuidados pessoais (1,54% para 0,64%), Habitação (1,16% para 0,97%) e Vestuário (0,81% para 0,32%). Nesses grupos, os destaques partiram dos itens hortaliças e legumes (11,28% para 1,18%), medicamentos em geral (2,03% para 0,41%), tarifa de eletricidade residencial (2,81% para 0,19%) e calçados (1,39% para 0,13%), respectivamente.

Em contrapartida, subiram mais Despesas diversas (1,53% para 2,36%) e Educação, leitura e recreação (0,36% para 0,77%). Mudaram de direção Transportes (-0,19% para 0,29%) e Comunicação (-0,30% para 0,37%).

Individualmente, os produtos que mais contribuíram para a taxa menor do IPC-C1 foram tomate, que tinha subido 16,94% em maio e recuou 17,35% em junho, e cenoura, que saiu de elevação de 20,96% para queda de 13,96%, além de laranja-pera (-6,56% para -7,23%), tangerina (-29,04 para -15,75%) e feijão carioca (-4,88% para -4,16%).