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Dólar tem mínima em duas semanas ante real

14/07/2015 10h31


O dólar começou a sessão desta terça-feira hesitante, mas passou a operar em baixa frente ao real nesta terça-feira. A mudança reflete os dados de vendas mais fracos dos Estados Unidos, que reforça dúvidas sobre a capacidade da economia americana de sustentar um movimento de alta de juros ainda neste ano.

Às 10h25, o dólar comercial caía 0,06%, a R$ 3,1290, depois de bater uma mínima de R$ 3,1149, menor patamar desde 3 de julho, quando recuou a R$ 3,1105. O dólar para agosto cedia 0,44%, a R$ 3,1440.

As vendas no varejo nos EUA registraram contração de 0,3% em junho sobre maio, contra expectativa de alta de 0,2%. Além disso, um índice de preços de produtos importados recuou 0,1% também em junho em relação a maio, contrariando estimativa de avanço de 0,1%.

Os números foram divulgados na véspera da sabatina da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, diante de parlamentares americanos, evento no qual ela pode oferecer novos sinais sobre as avaliações do banco central americano a respeito da evolução da economia do país.

Na semana passada, Yellen afirmou acreditar que o BC dos EUA deva subir os juros ainda neste ano.

No Brasil, a publicação no Diário Oficial da União (DOU) da criação de dois fundos que fazem parte da reforma do ICMS também repercute nas mesas de operações. Isso porque a criação dos fundos está condicionada a um projeto de lei que estimulará a repatriação de recursos não declarados do exterior. Algumas estimativas indicam que até US$ 100 bilhões poderiam voltar ao país, o que geraria receitas aos cofres do governo de pelo menos R$ 15 bilhões neste ano.

Ainda no plano fiscal, a Comissão Mista do Orçamento se reúne na manhã desta terça-feira para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, com expectativa de aprovação do projeto e envio do mesmo ao plenário do Congresso Nacional na quarta-feira. Um dos pontos sensíveis é a mudança ou não da meta da LDO.

Os mercados vão monitorar ainda declarações do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Barbosa vai tratar sobre as "pedaladas" fiscais do governo.

No mercado de juros, o DI janeiro de 2016 recuava a 14,030% ao ano, ante 14,040% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 cedia a 13,520%, frente a 13,559% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 caía a 12,570%, contra 12,599% no ajuste de ontem.