Gerdau anuncia reestruturação de negócios nas Américas
A Gerdau S.A. anunciou nesta terça-feira uma reestruturação dos negócios nas Américas, com a redistribuição das operações em três divisões para América do Norte, América do Sul e Brasil.
Com o objetivo de obter maiores sinergias estratégicas e operacionais, o "Projeto Gerdau 2022" prevê que as atividades no México e as joint ventures na República Dominicana, na Guatemala e no México passarão a integrar a "Operação de Negócio América do Norte", atualmente composta pelas operações de aços longos no Canadá e nos Estados Unidos.
A empresa também criou a "Operação de Negócio América do Sul", que reunirá as atividades de aços longos na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru, na Venezuela e no Uruguai.
Já a unidade de minério de ferro passa a integrar a chamada" Operação de Negócio Brasil", atualmente composta pelas operações de aços longos e planos no Brasil e de carvão e coque metalúrgico na Colômbia.
Além das três divisões reestruturadas, a companhia manteve a "Operação de Negócio Aços Especiais", integrando aços especiais no Brasil, na Espanha, nos Estados Unidos e na Índia.
As mudanças serão apresentadas a partir da divulgação de resultados do terceiro trimestre deste ano, conforme aviso entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Como parte da reestruturação, os conselhos de administração da Gerdau S.A. e da Seiva S.A. aprovaram, em reunião, que as diretorias das companhias devem avaliar alternativas para incorporação das empresas Seiva, Gerdau América Latina Participações e Itaguaí pela Gerdau S.A., durante o segundo semestre de 2015.
Minoritárias
Para simplificar e unificar as participações societárias nas companhias fechadas da Gerdau S.A. no Brasil, o conselho de administração da empresa aprovou a compra de fatias minoritárias na Gerdau Aços Longos, Gerdau Açominas, Gerdau Aços Especiais e Gerdau América Latina Participações, por um total de R$ 1,986 bilhão.
As aquisições, diz o aviso, permitirão à Gerdau S.A. deter mais de 99% do capital total de cada uma das controladas.
Segundo fato relevante enviado à CVM, as controladas poderão, no futuro, serem transformadas em subsidiárias integrais e/ou incorporadas, com o objetivo de consolidar o recebimento de dividendos e proporcionar a maior facilidade de acesso ao mercado de capitais.
As condições de pagamento, conforme o aviso ao mercado, são as seguintes: R$ 339 milhões à vista, com recursos imediatamente disponíveis; cessão e transferência de 30 milhões de ações preferenciais da Gerdau S.A. mantidas em tesouraria, no valor de R$ 206 milhões; e permuta de cota de um fundo de investimento em direitos creditórios não padronizados (FIDC NP Barzel).
A carteira citada detém apenas um único tipo de direito creditório de titularidade da Gerdau S.A., decorrente de ações judiciais que tenham por objeto a cobrança das diferenças de correção monetária de principal, juros remuneratórios, moratórios e demais verbas acessórias devidas pela Eletrobras, em razão do empréstimo compulsório recolhido entre os anos de 1977 a 1993 dos consumidores industriais de energia elétrica, subscrita pela companhia pelo valor de R$ 802 milhões.
A operação prevê ainda pagamentos parcelados com vencimentos em 2016, 2017, 2019, 2021 e 2022, no valor total de R$ 639 milhões.
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