Conselho da Gol aprova aumento de capital de R$ 461 milhões
O conselho de administração da aérea Gol aprovou ontem, terça-feira, o aumento de capital no valor de R$ 461,3 milhões, mediante a emissão de 64,1 milhões de ações preferenciais. O preço da colocação foi fixado em R$ 7,20 por papel, 3,7% maior que a cotação de ontem e 19% maior que o valor de fechamento do dia 10, data do anúncio da operação.
Com a emissão, o capital da empresa será de R$ 3,08 bilhões, composto por 5,04 bilhões de ações ordinárias e 203,4 milhões de ações preferenciais, conforme aviso entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os acionistas poderão subscrever 0,2262 ação preferencial por cada PN detida e 0,0064 ação preferencial por cada ON, o que corresponde à proporção da participação nos dividendos.
O percentual de diluição para os acionistas que não subscreverem nenhuma ação será de 18,45%, assumindo a subscrição e integralização total do aumento de capital, e será de 12,16%, assumindo a subscrição e integralização mínima.
De acordo com a empresa, o objetivo do aumento de capital terá sido atingido mediante a captação dos valores comprometidos pelo acionista controlador, de até R$ 2824 milhões, para reforço da liquidez. Assim, caso apenas o controlador subscreva sua parte proporcional das ações, e a Delta ou os acionistas de mercado deixem de subscrever sua parte proporcional, a Gol julgará satisfeito o propósito do aumento de capital, "com o reforço já significativo à liquidez".
A base acionária de hoje terá direito de participar da operação. A partir de amanhã, as ações serão negociadas "ex-direito". O conselho de administração decidiu que não será estendido direito de preferência aos detentores de recibos de ações negociados em Nova York (ADRs). O período de subscrição começa amanhã e vai até 14 de agosto.
Segundo o aviso da companhia, os recursos obtidos serão destinados ao reforço de liquidez e fortalecimento da estrutura de capital e do patrimônio da companhia, para manter o plano e metas de crescimento no curto e longo prazos e realizar demais investimentos previstos.
Conforme já divulgado, o aumento de capital faz parte da operação estratégica acordada entre a companhia, o controlador Fundo de Investimento em Participações Volluto (FIP Volluto), e a Delta Air Lines. Além do aumento de capital, o acordo inclui o compromisso da Delta de garantir empréstimo de até US$ 300 milhões a ser obtido pela Gol com terceiros e a prorrogação e expansão dos acordos de cooperação comercial existentes entre as duas empresas.
O FIP Volluto se comprometeu a investir até US$ 90 milhões, mediante o exercício do seu direito de preferência na subscrição de aproximadamente 61% das novas ações do aumento de capital, e a ceder em favor da Delta seu direito de preferência para subscrição de eventuais sobras.
Já a Delta se comprometeu a exercer o seu direito de preferência para a subscrição de aproximadamente 2,9% das novas ações e a exercer o direito de preferência cedido pelo FIP Volluto para a subscrição de eventuais sobras, de forma a realizar investimentos no valor de até US$ 56 milhões.
Na reunião do conselho de administração que aprovou a operação, o conselheiro Edward H. Bastian não participou da deliberação, julgando-se impedido, por conta da sua posição como executivo da Delta Air Lines.
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