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IBGE: Queda no número de horas pagas indicam que demissões se mantêm

17/07/2015 11h56


A terceira taxa negativa consecutiva no número de horas pagas indica que o setor industrial deve continuar demitindo, avalia o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre abril e maio, o número de horas pagas caiu 1,3%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes). Foi o tombo mais intenso desde janeiro de 2009.

"Se [a taxa] mostra quedas consecutivas, significa que a quantidade de trabalhadores que os empresários têm atualmente é maior do que a produção", afirmou Rodrigo Lobo, pesquisador da coordenação de indústria do IBGE. "Vale a pena financeiramente diminuir a quantidade de trabalhadores, reduzindo os custos. Dá a entender que, se a situação permanecer, vale a pena demitir os funcionários", disse.

Na comparação com maio do ano passado, o número de horas pagas na indústria caiu 6,6%, 24ª taxa negativa seguida nesta base de comparação e a mais intensa desde agosto de 2009, quando o recuo foi de 6,7%.

Segundo o IBGE, no acumulado do ano, o número de horas pagas na indústria recuou 5,6%, acentuando a magnitude de queda observada no primeiro trimestre do ano, de baixa de 5,2%.

Na comparação com maio do ano passado a queda foi de 6,6% e atingiu 17 dos 18 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de meios de transporte (-12,5%), máquinas e equipamentos (-10%) e alimentos e bebidas (-3,3%). Por outro lado, o setor de produtos químicos (0,4%) foi a única influência positiva nesse mês.