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Bovespa cai 2% com piora de bolsas nos EUA e cenário brasileiro tenso

23/07/2015 15h01


A Bovespa acompanha a piora das bolsas americanas e amplia as perdas nesta quinta-feira, operando abaixo da linha dos 50 mil pontos. No exterior, a safra de balanços continua pressionando as bolsas, com resultado abaixo do esperado e projeções menos otimistas da Caterpillar e da 3M.

No Brasil, a redução drástica na meta de superávit fiscal, de 1,1% para 0,15% do PIB, e a criação de uma espécie de "banda fiscal", em que o governo admite a possibilidade de déficit primário também neste ano, estão por trás do mau humor dos investidores, observado desde ontem, quando os rumores sobre o corte na meta já circulavam nas mesas de operação.

"O mercado está embutindo um cenário de ?downgrade' [rebaixamento] do rating soberano. Esse corte da meta fiscal alimenta as apostas de que a nota do país pode recuar dois níveis no curto prazo, o que levaria à perda do grau de investimento", comenta o analista da Clear Corretora, Raphael Figueredo.

Às 14h40, o Ibovespa perdia 2,19%, aos 49.801 pontos. Em Wall Street, o Dow Jones recua 0,56%, o Nasdaq perde 0,31% e o S&P 500 cai 0,43%.

Se fechar nesse patamar, a bolsa brasileira irá zerar os ganhos acumulados neste ano. O volume financeiro se acentuou nos últimos minutos, para R$ 3,8 bilhões, mais está abaixo da média histórica da bolsa.

Entre as principais ações do índice, Bradesco PN (-3,57%) e Itaú PN (-3,40%) concentravam as perdas, acompanhadas por Petrobras PN (-2,02%) e Ambev PN (-1,58%), enquanto Vale PNA subia 1,47%, ainda refletindo os dados operacionais divulgados pela manhã.

A produção própria de minério de ferro da Vale atingiu 85,3 milhões de toneladas entre abril e junho, a segunda maior produção da história da companhia e a maior produção da empresa para um período de segundo trimestre. O montante representou uma alta de 7,4% em comparação a igual período do ano passado.

Na ponta negativa do Ibovespa, apareciam Kroton ON (-5,82%), BR Malls ON (-5,79%) e Rumo ON (-5,76%). Do outro lado, resistiam Fibria ON (3,19%), Braskem PNA (2,70%) e Usiminas PNA (2,67%).