Partido importa menos do que personalidade do candidato, diz Datena
O apresentador de televisão José Luiz Datena anunciou ontem sua pré-candidatura pelo PP à Prefeitura de São Paulo. Em entrevista ao Valor PRO, Datena afirmou que o partido tem menos importância do que a personalidade do candidato e disse que sua principal plataforma será a segurança pública - tema de seu programa na TV.
Datena afirmou que decidiu concorrer em 2016 para tentar "ajudar o país" e diminuir a violência na cidade. Para o apresentador, a segurança está "relegada ao quinto plano" e o Brasil é o "país em que mais morrem pessoas assassinadas". "Somos como a Faixa de Gaza, Bagdá, Cabul. Nós queremos parar de morrer".
Cortejado por PSB e PSDB, Datena disse ter escolhido o PP por conta de sua amizade dentro do partido com o deputado estadual Delegado Olim, que deve ser o vice na chapa. "O partido é o menos importante", afirmou Datena. "Acho que o partido está abaixo do cara que é o candidato. Depende mais da personalidade individual dos que participam", disse.
Questionado sobre o envolvimento do PP na Operação Lava-Jato, o apresentador desconversou e disse que "todos os partidos estão mergulhados em uma situação ruim".
Dentro do PP, Datena deve enfrentar a resistência do ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf, que informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que apoiará a reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT).
O apresentador ironizou Maluf e disse que está "muito feliz" que o deputado esteja ao lado de Haddad. "Minha perspectiva de vida, ideológica não tem muito a ver com o Maluf", disse. Datena lembrou das denúncias que recaem sobre o ex-prefeito, mas procurou minimizá-las. "Maluf hoje virou o cara que toma o algodão doce de criancinha perto desses caras", afirmou, em referência aos investigados pela Lava-Jato.
Maluf, no entanto, está enfraquecido dentro do PP paulista, que hoje é comandado pelo deputado federal Guilherme Mussi, que também negociou a candidatura do apresentador.
Datena critica bandeiras de Haddad. Ao falar sobre as ciclovias, questionou os incentivos dados pelo governo federal à compra de automóveis, que fez com que a cidade registrasse a maior frota de veículos do país. "É um contrassenso agora criar as ciclofaixas", disse.
Com um tom incisivo, o apresentador afirmou que antes de construir as ciclovias, é preciso ter segurança. "Muita gente está tomando tiro no peito porque tem uma bicicleta cara". Afirmou ainda que Haddad está "mais preocupado em aumentar a tarifa" e criar faixas exclusivas de ônibus do que pressionar os empresários do setor para diminuírem seus lucros e baratearem o transporte.
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