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Atividade na indústria paulista cai 3,3% no semestre, calcula Fiesp

30/07/2015 19h42


O nível de atividade na indústria paulista caiu 1,3% em junho na comparação com maio, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A retração, segundo a Fiesp, foi generalizada e atingiu 14 dos 20 setores pesquisados.

No segundo trimestre, a queda da atividade na indústria chegou a 2,9%, em relação aos primeiros três meses do ano e, no acumulado de 2015, recuou 3,3% na comparação com o mesmo semestre de 2014.

Em nota, a Fiesp destacou que o cenário da indústria deve continuar piorando no segundo semestre. "O expressivo aumento dos custos, na esteira da elevação da tarifa de energia elétrica e de tributos, o aperto da política monetária, a elevada incerteza no cenário econômico e o processo de enfraquecimento do mercado de trabalho apontam para a manutenção da fraqueza da indústria nos próximos meses."

No mês passado, vários indicadores que compõem o indicador do nível de atividade (INA) caíram em relação a maio, na série com ajuste sazonal. As horas pagas recuaram 0,4%, enquanto o salário médio real recuou 0,7%. O total de vendas reais (deflacionada pelo IPA setorial) caiu 5,4%. O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) também recuou 0,6 ponto percentual para 78% em junho.

"O mais dramático é que ao se olhar nos vários campos - na estrutura econômica, política, jurídica - o que nos aguarda no futuro, percebe-se que vai piorar", destacou, em nota, Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp.

Expectativas

A percepção do setor produtivo em relação à atividade industrial, indicada pela pesquisa Sensor, mostrou discreta melhora em julho (47,6 pontos, contra 46,8 pontos em junho). Apesar da alta do indicador, ele continuou abaixo dos 50,0 pontos, sinalizando queda da atividade industrial para o mês.

O indicador das condições de mercado chegou a 48,3 pontos em julho, contra 47,5 em junho. Abaixo dos 50,0 pontos, sinaliza arrefecimento nas condições de mercado. Houve resultado negativo no indicador de vendas, que caiu de 50,7 pontos em junho para 48,6 em julho. Por estar abaixo do patamar de 50,0 pontos, o indicador aponta queda das vendas no mês em evidência.

Ficou praticamente estável o indicador de emprego (de 48,3 em junho para 48,5 em julho). O patamar do índice (abaixo dos 50,0 pontos) indica expectativa de demissões para o mês. O nível de estoque avançou de 41,8 para 48,0 pontos, ainda em situação de estoque excessivo, representada por leituras inferiores a 50,0 pontos