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Dólar crava nova máxima em mais de 12 anos, acima de R$ 3,46

03/08/2015 09h52


O dólar alcançou uma nova máxima em mais de 12 anos ante o real logo na abertura dos negócios desta segunda-feira, impulsionado pelos ganhos da divisa no exterior e pela leitura de que o Banco Central (BC) está confortável com o atual ritmo de alta da moeda, algo sinalizado pela manutenção do passo de rolagens de swaps cambiais ao longo de agosto.

Dois minutos após o início do pregão, o dólar bateu R$ 3,4612, máxima desde 20 de março de 2003, quando alcançou R$ 3,4940. Às 9h44, a moeda americana era negociada a R$ 3,4406, com elevação de 0,47%.

Mesmo desacelerando as perdas, o real figura entre as moedas que mais perde terreno frente ao dólar nesta sessão, depois de no mês passado ter amargado o posto de terceira divisa com pior desempenho, atrás apenas do rublo russo e do peso colombiano.

Ao manter a oferta de 6 mil contratos de swap cambial para rolagem ao longo de agosto, o BC deve renovar 59,84% dos contratos vincendos em setembro, depois de em julho rolar 60,05% dos papéis que vencem nesta segunda-feira.

A alta do dólar ocorre uma vez que alguns no mercado contavam com uma ampliação da rolagem, com algumas estimativas indicando 80%, em vez dos 60% sinalizados pelo BC.

O ambiente comprador no Brasil é apenas reforçado pelo fortalecimento do dólar no exterior, especialmente contra divisas emergentes e correlacionadas às commodities.

Com esse pano de fundo, os juros futuros negociados na BM&F avançam, em semana de expectativa pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O DI janeiro de 2016 apontava 14,210% ao ano, ante 14,190% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 avançava para 13,460%, contra 13,430% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 mostrava 12,830%, frente a 12,790% no ajuste anterior.

Operadores devem monitorar ainda a volta das atividades no Congresso Nacional, com várias pautas do ajuste fiscal ainda a ser votadas.