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Renova Energia tem prejuízo nove vezes maior no segundo trimestre

04/08/2015 19h57


A entrada em operação de novos parques eólicos fez com que a receita da Renova Energia dobrasse no segundo trimestre, mas um forte aumento nas despesas administrativas e com pagamento de juros impediu uma melhora nos resultados. A companhia de energias renováveis, controlada pela Cemig, encerrou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 27,3 milhões, quase nove vezes maior que as perdas de R$ 3,3 milhões do mesmo período de 2014.

O faturamento líquido avançou 109% no intervalo, para R$ 119,5 milhões. O aumento ocorreu por conta da entrada em operação de novos parques eólicos: em outubro começou a operar os projetos vendidos no leilão de energia de reserva e de 2010 e, em março, quatro parques vendidos no leilão A-3 de 2011.

Os custos considerados não gerenciáveis - que envolvem compra de energia e pagamento de encargos - subiram em maior proporção, 124,7%, para R$ 6 milhões. Já os custos gerenciáveis, avançaram 164,4%, para R$ 19,7 milhões.

As despesas administrativas também tiveram salto importante, de 52,8%, para R$ 31,2 milhões, refletindo, de acordo com a companhia, principalmente o maior número de funcionários e os reajustes salariais.

O principal impacto para os resultados, no entanto, veio dos maiores custos com financiamento. No segundo trimestre, o saldo entre ganhos com aplicações financeiras e gastos com pagamento de juros ficou negativo em R$ 46,4 milhões, contra apenas R$ 6 milhões no mesmo intervalo de 2014.

Segundo a Renova, houve maior volume de financiamento no trimestre, por conta da nova debênture emitida em dezembro e empréstimos-ponte para Alto Sertão III, além da maior taxa de juros dos indexadores dos financiamentos.