Skaf diz que "bombardeará" volta da CPMF se a proposta for apresentada
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse nesta quinta-feira (27) que, caso o governo envie ao Congresso uma proposta para recriar a CPMF, a entidade vai "bombardear" a iniciativa em uma campanha nacional similar à que foi feita em 2007, quando o imposto foi extinto. "Nós vamos bombardear no Congresso essa iniciativa do governo ou qualquer outra que esteja ligada a aumento de impostos", disse Skaf depois de jantar com empresários e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
No encontro, segundo relato de Skaf, Temer disse que não havia nada decidido no governo sobre a volta do tributo. "Eu disse a ele que caso haja algo a sociedade vai reagir fortemente", acrescentou o presidente da Fiesp. Temer deixou o evento sem dar entrevistas. Há expectativa de que o governo apresente uma proposta na segunda-feira com uma alíquota de 0,38%. Os recursos seriam destinados exclusivamente para saúde.
Para Skaf, ao invés de criar impostos, o Planalto deveria se preocupar em melhorar sua gestão. "A proposta continua sendo um absurdo. A carga tributária no Brasil é altíssima. As pessoas pagam impostos para terem atenção na saúde, segurança educação. É para isso que servem os quase R$ 2 trilhões que os governos arrecadam. A carga é alta e os serviços são de péssima qualidade", disse.
O presidente da Fiesp ainda retomou as críticas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao afirmar que ele não tem preocupação com o aumento do desemprego, com a queda do setor produtivo e apenas se concentra no aumento de impostos.
"O Brasil não precisa desse ministro da Fazenda. Precisamos de um ministro que vá buscar eficiência", disse Skaf, defendendo a queda dos juros, a ampliação na oferta de crédito e o corte de despesas governamentais. O presidente da Fiesp, no entanto, desconversou ao ser questionado sobre a posição do vice-presidente em relação à política econômica durante a reunião com os empresários. Além disso, voltou a sugeriu a saída de Levy da Pasta.
"Esse não é o perfil de ministro que faça bem ao país. E não tem neste momento nosso apoio. Ele está no caminho mais cômodo, de aumento de impostos", declarou Skaf ao ressaltar que política econômica enfraquece a credibilidade do governo e a confiança do empresariado.
O presidente da Fiesp também questionou a postura de alguns empresários que declararam apoio à Dilma em meio à crise política e econômica. "O Brasil é um pouco maior do que meia dúzia de empresários. Se alguns têm uma opinião, não significa que é a opinião da classe empresarial", destacou.
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