IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Dólar sobe pelo terceiro pregão em meio a tensão no exterior

11/02/2016 17h41


O dólar fechou em alta frente ao real pelo terceiro pregão consecutivo, reagindo ao cenário de maior aversão no exterior e dúvidas sobre o ajuste fiscal no mercado local.

O dólar comercial subiu 1,27% e fechou na máxima intradia, a R$ 3,9848. Já o contrato futuro para março avançava 1,42% para R$ 4,009.

O mercado local acompanhou o movimento no exterior em meio ao cenário de aversão a risco com o aumento da preocupação com o enfraquecimento da economia global, que tem levado os bancos centrais dos mercados desenvolvidos a colocar as taxas de juros em terreno negativo.

Nesse cenário, o Bank of America Merrill Lynch permanece cauteloso em relação às moedas emergentes dada a elevada volatilidade dessas divisas e a propensão dos investidores a usarem mais o hedge para proteger as posições em bônus de menor liquidez.

No caso do Brasil, o banco continua pessimista em relação ao real, embora veja o câmbio mais perto do preço de equilíbrio, devido à recessão econômica doméstica, inflação alta e paralisia política, que impede uma redução do déficit fiscal.

Notícias de que o governo estuda adotar uma banda para o resultado primário e o adiamento do contingenciamento do Orçamento, que estava previsto para amanhã e ficou para março, acentuaram as dúvidas sobre a capacidade do governo em cumprir a meta de superávit primário, de 0,5% do PIB para este ano, e ajudaram a aumentar o pessimismo no mercado local.

Hoje o Banco central divulgou o fluxo cambial da primeira semana de fevereiro que ficou negativo em US$ 1,022 bilhão, resultado de um superávit de US$ 383 milhões na conta comercial e de um déficit de US$ 1,405 bilhão na conta financeira.

No ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 453 milhões.

A autoridade monetária seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões em swaps cambiais e renovou hoje mais 11.900 contratos.