IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Dólar sobe no dia e encerra a semana em alta de 2,11%

12/02/2016 17h36


O dólar fechou em alta frente ao real pelo quarto pregão consecutivo, refletindo a preocupação com o quadro fiscal no mercado doméstico e a maior cautela dos investidores frente às incertezas no cenário externo.

O dólar comercial subiu 0,17%, encerrando a R$ 3,9915. Com isso, a moeda americana encerra a semana em alta de 2,11% e acumula queda de 0,78% no mês. No ano, a moeda americana sobe 0,89%.

Apesar da estabilização dos mercados de ações no exterior e da recuperação do preço do petróleo terem reduzido a busca por ativos mais seguros, investidores adotam uma postura de cautela no aguardo do retorno dos mercados na China, que estiveram fechado nesta semana por conta do Ano Novo chinês.

Lá fora, a moeda americana caía 0,11% frente ao rand sul-africano, subia 0,10% em relação à lira turca e recuava 1,14% diante do peso mexicano.

Dúvidas sobre a eficácia das medidas de estímulos adotadas pelos banco centrais de países desenvolvidos, que inclui a adoção de taxas de juros negativas, para retomar o crescimento da economia têm contribuído para o sentimento de menor apetite por ativos de risco.

Hoje o vice-presidente do Banco do Japão, Hiroshi Nakaso, afirmou que a adoção de juros negativo proporciona mais espaço para estímulos.

Já o presidente do Federal Reserve de Nova York, Willian Dudley, sinalizou nesta sexta-feira que os debates sobre as taxas de juros negativas nos Estados Unidos podem ter ido longe demais. "Acrescentar juros abaixo de zero à lista de ferramentas do Fed, segundo ele, é uma conversa extremamente prematura para se ter. A economia dos Estados Unidos está em ótima forma", disse.

Apesar do ambiente de menor aversão a risco no exterior, a recuperação do real foi limitada pela preocupação com o quadro fiscal no mercado doméstico.

O mercado recebeu negativamente a decisão do governo em adiar o contingenciamento das despesas do Orçamento, prorrogado para março, que aumentou as dúvidas sobre o cumprimento da meta de superávit primário de 0,5% do PIB para este ano.

Hoje o Banco Central seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões que vence em março e renovou hoje mais 11.900 contratos.