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Confiança da indústria sobe em março mas ambiente ainda é de incerteza

31/03/2016 08h41

Influenciado pela continuidade na queda dos estoques, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou alta de 0,4 ponto em março, ante o mês anterior, feito o ajuste sazonal, de acordo com sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador subiu de 74,7 pontos para 75,1 pontos. A prévia da sondagem, divulgada na semana passada tinha mostrado uma alta maior, de 1,1 ponto.

Na comparação com o mesmo período do de 2015, ainda há queda, de 3,9 pontos, mas em menor proporção que nos meses anteriores. Em fevereiro, o recuo foi de 11,6 pontos.

Para a FGV, o resultado na comparação mensal consolida a tendência de relativa estabilidade do indicador. Em termos trimestrais, o índice teria recuado de 75,5 pontos na média do quarto trimestre de 2015 para 75,3 pontos no primeiro trimestre de 2016.

O aumento da confiança em março combina melhora das avaliações do setor sobre a situação atual e piora nas expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou para 78,6 pontos, o maior desde abril de 2015, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou para 72 pontos, o menor da série histórica.

"Apesar da ligeira alta da confiança em março, os resultados da Sondagem da Indústria continuam de certa forma dúbios, refletindo o ambiente de elevada incerteza econômica e política. A percepção em relação à situação atual melhorou em função da continuidade do movimento de ajuste dos estoques. Mas isso tem se mostrado insuficiente para promover um aumento do otimismo do setor em relação aos meses seguintes", afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV-Ibre.

O levantamento também mostrou que a indústria continua muito ociosa, embora o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) tenha registrado relativa estabilidade em março, marcando 73,7%, 0,1 ponto percentual acima do mês anterior, quando havia registrado o mínimo histórico.