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Gilberto Carvalho culpa PMDB pelo 'golpe' e provoca aliados de Temer

04/05/2016 17h26

Em evento no Palácio do Planalto de balanço sobre os programas sociais, o ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho acusou o PMDB de tramar o "golpe" desde janeiro de 2015. Afirmou que um governo com o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) não tem como dar certo. E convidou os integrantes de movimentos sociais a descerem a rampa ao lado da presidente Dilma Rousseff no próximo dia 12 de maio.

"Nós estamos a uma semana da presidente descer a rampa", disse Carvalho, que hoje é presidente do Conselho Nacional do Sesi.

Dirigindo-se à plateia, formada por representantes de movimentos sociais e coordenadores de programas sociais do governo, Carvalho citou os "autores e construtores desse projeto", que "nunca arredaram o pé" e estarão "aqui semana que vem", para descer a rampa junto com Dilma.

"Temos que ter clareza que o outro lado não tramou essa história agora, isso vem desde janeiro de 2015", acusou. "Na verdade esse golpe é um sonho desde 2003", disse Carvalho. "Eles estiveram conosco quando interessava. Quando lucraram muito, quando se locupletaram, inclusive. Porque a maioria dos caras que fizeram o que foi feito, que nos acusam, não são dos nossos partidos", reforçou.

Carvalho alertou que, "junto com o golpe, vem uma pauta regressiva, também dos direitos sociais". "A curto prazo eu não acredito porque vão ter que fazer muita média, porque daqui a pouco começa. Ou alguém acredita que um governo com Geddel Vieira Lima e com Romero Jucá vai dar alguma coisa de bom para este país?", provocou.

Segundo o ex-ministro, "todo mundo sabe que nós não estamos saindo pela corrupção". Ele disse que os governos do PT tiveram a "coragem de fazer funcionar os órgãos de Estado que combateram a corrupção".

Para Carvalho, o PT está deixando o governo "exatamente pelas escolhas certas que fizemos do ponto de vista do jogo de classe, da distribuição da renda".

Ele concluiu dizendo que Dilma "não pode ser acusada de um tostão de corrupção" e "está tendo seu mandato cassado legitimamente conquistado pelo voto".

Ele instou a população a continuar lutando nas ruas. "É por isso que essa indignação e essa consciência não nos podem deixar voltar pra casa na semana que vem", concluiu.