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Indústria paulista fechou 7.500 mil vagas em maio, diz Fiesp

Marcelo Justo/Folhapress
Imagem: Marcelo Justo/Folhapress

17/06/2016 11h56

O nível de emprego na indústria paulista caiu 0,57% em maio, ante abril, feitos os ajustes sazonais, informa a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em números absolutos, houve a perda de 7,5 mil postos de trabalho. Apenas neste ano, 41 mil empregos foram perdidos.

Segundo Guilherme Moreira, gerente do departamento de estudos econômicos da Fiesp (Depecon), embora as demissões de maio tenham sido menores que as registradas no início do ano no setor, ainda não há sinal de retomada do emprego no Estado. "Janeiro, que é um mês em que normalmente se contrata, tivemos 14,5 mil demissões e, em fevereiro, 13 mil", disse.

A projeção da Fiesp para este ano é de eliminação de 165 mil vagas, contra perda de 235,5 mil em 2015. "O índice de confiança do empresariado tem melhorado, mas transformar isto em contratações leva um bom tempo ainda, porque o emprego é a última variável a reagir. Primeiro é retomada a produção, o investimento, e por último será o emprego", diz.

Setores

Em maio, 16 setores dos 22 pesquisados tiveram queda no índice de emprego, cinco se comportaram positivamente e um ficou estável.

Dos setores que mais registraram demissões estão confecção de artigos de vestuário e acessórios (perda de 1.519 postos), veículos automotores, reboques e carrocerias (menos 1.330 postos) e produtos de borracha e material plástico (queda de 1.043 postos).

O destaque das contratações ficou para os setores produtos alimentícios (852 postos de trabalho), produtos diversos (243 postos) e coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (180 postos).

No Estado, 12 regiões tiveram crescimento do nível de emprego, dentre elas Matão (3,20%) e São Carlos (1,36%), ambas puxadas pela indústria de produtos alimentícios, e Jaú (0,92%), com destaque para combustíveis e artefatos de couro e calçados.

Os destaques para as demissões, por sua vez, foram as regiões de Araraquara (-1,60%), Araçatuba (-1,36%) e Bauru (-1,20%). Neste caso, as perdas foram influenciadas pelo setor de confecção de artigos de vestuário e acessórios.