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Número de empresas ativas caiu em 2014 pela primeira vez desde 2008

17/06/2016 11h01

Pela primeira vez desde 2008, início da divulgação do Cadastro Central de Empresas (Cempre) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve recuo no número de empresas ativas no país. Entre 2013 e 2014, a quantidade de empresas caiu 5,4%, para 5,1 milhões. São 288,9 mil companhias a menos em apenas um ano. Essa queda foi um reflexo da crise econômica, que já começava a afetar as empresas, em especial as menores, com até nove funcionários.

Apesar disso, o total de pessoal ocupado nas empresas teve pequeno crescimento, de 0,2%, ou 97,5 mil pessoas, nesse espaço de um ano. Cresceu também o total de salários e outras remunerações, que com alta de 4,5% alcançou a cifra de R$ 1,5 trilhão. Em média, destacou a pesquisa, o salário médio foi de R$ 2.301,82. Ainda de acordo com o IBGE, o número de sócios e proprietários recuou 3,9%.

O salário médio mensal real (descontada a inflação) cresceu menos entre 2013 e 2014 do que nos anos anteriores. Nesse período mais recente pesquisado pelo IBGE a alta foi de 1,8%. Em 2009, na comparação com o ano anterior, houve um crescimento real de 4,7% e em 2013, 3,7%.

Atividades

Pelo quinto ano seguido, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foi a atividade que concentrou a maior parte do pessoal ocupado assalariado. Esse grupo empregou 9,3 milhões de pessoas, o equivalente a 19,3% de todos os trabalhadores nas empresas. O grupo com maior participação em salários foi a administração pública, defesa e seguridade social, que somou 23% dos ganhos.

Os dados do Cempre mostram ainda que os menores salários médios mensais foram pagos nas atividades de alojamento e alimentação, que teve média de salários de 1.133,10. Em seguida, entre os piores rendimentos, estão atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.409,43) e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.409,43).

Na divisão por escolaridade, os trabalhadores com ensino superior ganham, em média, 204,8% a mais do que aqueles que não cursaram faculdade. De acordo com os dados do Cempre, em média, quem tinha terceiro grau completo ganhou R$ 4.995,08, enquanto o pessoal sem nível superior recebeu R$ 1.639.

O número de empresas também está concentrado no Sudeste, região que sedia 51,6% das companhias listadas no Cempre. A maior parte do pessoal ocupado também está no Sudeste (50,5%), assim como recebe 54,4%, o equivalente a R$ 799,8 bilhões, dos salários e outras remunerações pagos no país.

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