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Confiança da indústria registra maior nível desde fevereiro de 2015

28/06/2016 08h40

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 4,2 pontos entre maio e junho, alcançando 83,4 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2015, quando marcou 84,9 pontos. Foi a quarta alta mensal consecutiva do indicador, influenciada por uma melhora expressiva das expectativas. Na comparação com o mesmo período de 2015, houve alta de 8,5 pontos. O aumento da confiança se estendeu a 14 dos 19 principais segmentos da indústria de transformação, informa a FGV.

"O resultado de junho consolida a tendência de recuperação da confiança industrial esboçada nos meses anteriores. Entre abril e junho, especificamente, o avanço foi impulsionado pela melhora das expectativas, em um movimento que pode ser definido como de redução do pessimismo. O retorno da confiança aos níveis médios históricos dependerá, de agora em diante, de uma efetiva recuperação da demanda interna e da redução das incertezas no ambiente político", afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV-Ibre.

O Índice de Expectativas (IE) atingiu 85,7 pontos em junho, 7,5 pontos acima do mês anterior - a segunda maior alta já registrada na pesquisa, perdendo apenas para a variação mensal de janeiro de 2002 (7,6 pontos). O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou 0,7 ponto no comparativo mensal.

A maior influência para a melhora das expectativas foi do indicador que capta as perspectivas para a produção nos três meses seguintes, que subiu pelo terceiro mês consecutivo, para 93,9 pontos, o maior patamar desde abril de 2014 (96,1 pontos).

O indicador que mede o grau de satisfação com o nível atual da demanda foi o principal determinante para a alta do ISA em junho, ao atingir 80,1 pontos, 2,7 pontos superior ao observado no mês anterior.

A sondagem realizada pela FGV também mostrou uma indústria um pouco menos ociosa em junho. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 0,1 ponto percentual perante maio, para 73,9%. Em bases trimestrais, é o primeiro avanço do Nuci desde o terceiro trimestre de 2013: a média do indicador no segundo trimestre, de 74%, ficou 0,2 ponto acima da média do trimestre anterior (73,8%).

A edição de junho da sondagem da indústria de transformação coletou informações de 1.114 empresas entre os dias 1 e 23 deste mês.