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Indicadores de junho sinalizam freio no aumento do desemprego, diz FGV

06/07/2016 09h01

Indicadores de emprego e desemprego calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram uma melhora relativa no mercado de trabalho em junho. Se ainda não há indícios de que as empresas retomaram as contratações, ao menos elas indicam que devem parar de demitir.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que tenta antecipar a tendência do mercado de trabalho, subiu 2,8 pontos em junho, para 82,2 pontos, o maior nível desde abril de 2014, quando ficou em 83 pontos. Foi a quarta alta consecutiva do índice. O resultado, segundo a FGV, sinaliza a diminuição das demissões nos próximos meses.

"Os componentes que mais contribuíram para a alta do IAEmp em junho foram os indicadores que medem o ímpeto de contratações nos próximos três meses e a situação dos negócios para os próximos seis meses, ambos da Sondagem de Indústria, com variações de 8,7 e 7,6 pontos, respectivamente", destacou a FGV em nota.

Outro indicador, o Coincidente de Desemprego (ICD), caiu 1,9 ponto em junho, para 97,6 pontos, sinalizando um ritmo menor no aumento da taxa de desemprego. Em maio, esse índice tinha subido 3,9 pontos. Com o resultado, o indicador retorna ao nível de outubro de 2015.

Em relação ao ICD, todas as classes de renda do consumidor influenciaram na queda do indicador, especialmente a dos consumidores com renda mensal entre R$ 2.100 e R$ 4.800.

"A evolução dos indicadores de mercado de trabalho nos últimos meses vem sinalizando que as empresas estão calibrando o ritmo de ajuste de seus efetivos de mão de obra, um movimento em consonância com os resultados mais recentes das pesquisas quantitativas, que começam a mostrar uma atenuação do ritmo de queda do emprego", afirma Itaiguara Bezerra, economista da FGV-Ibre.