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Impeachment causa polêmica em debate de candidatos a prefeito no Rio

25/08/2016 23h46

No momento mais polêmico do primeiro bloco do primeiro debate na TV entre os candidatos a prefeito do Rio, promovido pela Bandeirantes, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) aproveitou uma pergunta sobre economia do adversário e também deputado Alessandro Molon (Rede) para criticar o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que está em fase final no Senado. "Isso é um golpe institucional. Este é o palco da traição", disse, recebendo vaia da maioria da plateia e aplausos de seus apoiadores.

Entre os oito candidatos, quatro são deputados federais e dois votaram a favor do impeachment: Pedro Paulo (PMDB), apoiado pelo prefeito Eduardo Paes, e Índio da Costa (PSD). Molon, assim como Jandira, votou contra, mas preferiu na réplica dizer que queria discutir a visão de cidade.

O senador Marcelo Crivella (PRB) licenciou-se do cargo e não votará no julgamento de Dilma, embora o substituto, de seu partido, seja considerado um voto contrário à petista.

Jandira afirmou que os governos Lula e Dilma investiram R$ 376 bilhões no Rio. "Quando se fala em êxito da Olimpíada ninguém fala que foi bancado por recursos do governo federal", disse.

O apresentador precisou pedir silêncio à platéia, pelas reações de ambos os lados. O debate conta ainda com Carlos Osório (PSDB) e Flávio Bolsonaro (PSC), que apareceu em segundo lugar na pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira, tecnicamente empatado com Marcelo Freixo (Psol), que não participa do debate, por sua presença não ter sido aceita por dois terços dos adversários. É uma condição prevista na nova legislação, caso a coligação não reúna pelo menos nove deputados federais, mas que foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal horas antes do debate.