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Bolsa opera em leve alta e dólar ronda R$ 3,13 com exterior positivo

24/10/2016 13h31

O Ibovespa abriu no terreno positivo e registrava leve avanço no começo desta tarde. Às 13h13, o índice da Bolsa paulista aumentava 0,24%, para 64.262 pontos. Na sexta-feira passada, o indicador fechou em alta de 0,42%, batendo nova máxima desde abril de 2012, em 64.108 pontos. Bradesco PN cedia 1,05% e Itaú PN recuava 0,50%.

TIM ON liderava as baixas do Ibovespa, com decréscimo de 1,82%. Em relatório, o UBS diz que a companhia deve ser menos agressiva comercialmente sob a nova gestão de Stefan de Angelis.

Petrobras PN subia 1,67% e Petrobras ON ganhava 0,36%. A empresa anunciou nesta manhã aliança estratégica com a Total nas áreas de exploração, produção, gás e energia.

Além disso, a Petrobras fechou acordo com os investidores Pimco Total Return Fund, Dodge & Cox International Stock Fund, Janus Overseas Fund e Al Shams Investments para encerrar ações nos Estados Unidos. Mas, para isso, a empresa terá de fazer uma provisão de US$ 353 milhões no terceiro trimestre apenas com esses casos. Ainda há outras 19 ações individuais correndo em Nova York.

As ações de mineração seguem como destaques de alta. Gerdau Metalúrgica PN subia 5,42%, seguida por Usiminas PNA (4,55%), Vale PNA (3,17%) e CSN (2,84%). O minério de ferro no porto de Qingdao, na China, subiu 0,95% hoje, cotado em US$ 59,28 a tonelada.

Sobre Usiminas, a agência de classificação de risco Fitch elevou o rating de longo prazo em moeda local e estrangeira da empresa de ?RD' (categoria considerada como calote restrito pela agência) para ?CCC'. Ao mesmo tempo, a Fitch elevou a nota em escala nacional da companhia de ?RD (bra)' para ?CCC (bra)'.

Fora do Ibovespa, as ações PN da Telebras disparam novamente. A alta era de 24,10%. Na quinta-feira passada, o governo federal editou decreto que autoriza um aumento do capital social da companhia. No mesmo dia, as PNs encerraram em alta de 22,9%, cotadas a R$ 16.

Segundo o texto do decreto publicado na quinta, a operação será feita por meio da incorporação de adiantamento para futuro aumento de capital, transferido pela União nos exercícios de 2011 a 2015, no montante de R$ 846,7 milhões; do saldo residual de capitalizações anteriores, no montante de R$ 7,7 milhões; e da atualização dos recursos previstos pela taxa básica de juros (Selic).

Câmbio

O dólar opera em queda frente ao real nesta segunda-feira refletindo o cenário positivo para ativos de risco e a expectativa de aumento de fluxo de recursos para o mercado local na reta final para adesão ao programa de regularização de recursos não declarados à Receita Federal e mantidos no exterior, que encerra em 31 de outubro.

Investidores têm repatriado parte dos recursos do exterior para pagar a multa e o Imposto de Renda para regularizar o patrimônio lá fora. O mercado comenta que já foram arrecadados mais de R$ 25 bilhões e o governo espera que possa chegar a R$ 80 bilhões o total recolhido com a multa e o pagamento do imposto.

Às 13h22, o dólar comercial caía 0,97%, para R$ 3,1302; na mínima, marcou R$ 3,1197.

Na última vez que o dólar atingiu o patamar de R$ 3,1315, o Banco Central ampliou a oferta de swaps cambiais reversos para 15 mil contratos. Esse volume foi reduzido para 5 mil contratos em 14 de setembro, após o dólar superar o patamar de R$ 3,30 no pregão anterior.

Por enquanto, o BC vem ofertando 5 mil contratos de swap cambial reverso, mas analistas não descartam a possibilidade da autoridade monetária ampliar a atuação de real se valorizar rápido demais e descolar dos pares no exterior.

Além do dinheiro para a regularização de recursos no exterior, há uma expectativa de aumento de fluxo para o mercado local, tanto para renda fixa, aproveitando o início do ciclo de afrouxamento monetário, como para projetos de infraestrutura.

Juros

As taxas dos contratos futuros de juros recuavam na BM&F refletindo a melhora das expectativas de inflação, a queda do dólar e o cenário externo mais positivo para ativos de risco.

Investidores corrigem as posições após a alta das taxas futuras verificada na semana passada, aguardando a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para amanhã, que pode trazer novas sinalizações sobre o ciclo de afrouxamento monetário no Brasil.

Às 13h23, DI para janeiro de 2018 caía de 12,184% para 12,170%, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuava de 11,446% para 11,410% . Já o DI para janeiro de 2021 caía de 11,197% para 11,110%.

Apesar de o mercado futuro de juros apontar para uma probabilidade maior de corte de 0,25 ponto da taxa Selic em novembro, pesquisa Focus divulgada hoje pelo BC mostrou que os economistas mantiveram a projeção de corte de 0,50 ponto em novembro, com a Selic encerrando o ano em 13,50%. Para 2017, a mediana das expectativas ficou estável em 11%.

Já a mediana das projeções para o IPCA caiu de 7,01% para 6,89% para o fim de 2016 e de 5,04% e 5% para o fim de 2017.