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Ilan diz que queda de juros será na medida em que inflação permitir

26/10/2016 00h01

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta terça-feira em entrevista à GloboNews que a flexibilização da política monetária "será na medida em que a inflação permitir, nem mais nem menos".

"No ano passado a inflação foi de quase 11%. É uma queda de 4 [pontos percentuais] na inflação, de 11% para 7% em um ano. Para o ano que vem, o objetivo é de 7% para 4,5%. Uma queda adicional de 2,5 [pontos percentuais]. Então, a desinflação está acontecendo", disse Ilan, segundo trecho de entrevista veiculada pela emissora de televisão.

Ele ponderou que talvez a desinflação pudesse ser mais rápida ainda. "Mas aí precisaríamos ter uma economia com menos indexação", afirmou. "Mas hoje as mensalidades escolares sobem com a inflação, nós temos vários cursos, aluguéis, salários, tudo isso sobe com a inflação passada. Uma vez que a inflação sobe no Brasil, para baixar é mais difícil."

Ilan voltou a dizer que a meta de inflação de 4,5% em 2017 é desafiadora, mas crível. Ele destacou, mais uma vez, que houve melhora nas expectativas, as quais estão ancoradas na meta para o período de 2018 a 2020.

Ele também voltou a ligar a retomada da economia ao aumento da confiança de empresas e famílias. " A atividade de fato tem que recuperar. Mas ela vai recuperar quando tiver confiança, quando tiver credibilidade. Isso só vai acontecer se todo mundo ver a inflação caindo, se ver as reformas acontecendo, o ajuste na economia", afirmou. "Acho que estamos no caminho certo."