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Suzano reverte prejuízo e lucra R$ 53 milhões no 3º trimestre

26/10/2016 01h06

A Suzano Papel e Celulose reverteu prejuízo líquido de R$ 959 milhões no terceiro trimestre de 2015 e obteve lucro de R$ 53 milhões no trimestre julho-setembro deste ano, conforme as demonstrações financeiras divulgadas pela companhia na madrugada desta quarta-feira e enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo a empresa, o resultado foi impactado, principalmente, pela variação cambial no período e queda do preço de celulose. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 2,132 bilhões, comparado ao prejuízo de R$ 1,266 milhões nos nove primeiros meses de 2015.

A receita líquida da companhia recuou para R$ 2,173 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de R$ 2,985 bilhões em igual período de 2015, uma redução de 27,2%. O desempenho da receita líquida consolidada é explicado principalmente pela redução do volume de vendas de celulose e de papel exportado, pela redução do preço lista da celulose em dólar, pela redução do preço de papel exportado e pela apreciação do real, fatores parcialmente compensados pelo aumento do preço de papel no mercado interno, segundo o informa da empresa.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado fico em R$ 767 milhões no terceiro trimestre deste ano, 48% inferior ao R$ 1,476 bilhão de igual intervalo no ano passado, impactado pela deterioração do preço lista da celulose, pela apreciação do real e pelo menor volume de vendas, porém, parte desse impacto foi compensado pelo aumento do preço do papel no mercado interno e disciplina de custos e despesas, diz o comunicado da companhia.

Aquisição

A Suzano Papel e Celulose informou ao mercado na madrugada desta quarta-feira, por meio de Fato Relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que assinou contrato com a Companhia Siderúrgica Vale do Pindaré e com a Cosima - Siderúrgica do Maranhão, por meio do qual se compromete a comprar parte dos ativos imobiliários e florestais por elas detidos.

Os ativos adquiridos compreendem cerca de 75 mil hectares de imóveis nos Estados do Maranhão e de Tocantins, dos quais cerca de 40 mil hectares são agricultáveis, e as florestas plantadas em tais áreas agricultáveis. O preço total em contrapartida da aquisição dos imóveis e das florestas é o equivalente em moeda nacional a US$ 245 milhões.

No comunicado, a Suzano informa ainda que, em 25 de outubro de 2016, assinou com a Queiroz Galvão Energia contrato por meio do qual adquiriu a totalidade das ações de emissão da Mucuri Energética, a qual é proprietária de uma pequena central hidrelétrica localizada nos municípios de Carlos Chagas e Pavão, com capacidade de geração equivalente a 19 MW médio, pelo preço equivalente em moeda nacional a US$ 14 milhões.