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IBGE: Setor de serviços registra em outubro a maior queda em 4 anos

14/12/2016 10h16

O volume de serviços prestados no país recuou pelo terceiro mês seguido e caiu 2,4% em outubro, ante setembro, na série com ajuste sazonal da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE.

O resultado é recorde negativo, o maior tombo para qualquer mês desde 2012, quando o levantamento começou a ser divulgado pelo instituto.

Na comparação com outubro do ano passado, a queda de 7,6% foi a maior da série para o mês. Nos dez meses de 2016, a atividade recuou 5% e, nos 12 meses encerrados em outubro, a retração foi de 5,1%.

Depois de dois meses de quedas, os serviços prestados às famílias avançaram 0,1% na comparação contra setembro. Foi o único dos cinco segmentos com resultado positivo. Ele foi puxado pelos serviços de alojamento e alimentação, que subiram 0,5% e contrabalançaram outros serviços para as famílias (cabelereiros etc.), que recuaram 2,3%.

O IBGE registrou variações negativas nos Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-7,0%); Serviços de informação e comunicação (-3,1%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) e Outros Serviços (-0,5%). O agregado especial das Atividades turísticas apresentou queda de 1,3% perante o mês imediatamente anterior.

Ante outubro de 2015, todos os grupos perderam, exceto Serviços de tecnologia da informação, que cresceram 2,7%.

"Em um cenário de retração das atividades de prestação de serviços, o segmento de Serviços de tecnologia da informação vem apresentando crescimentos contínuos, desde o mês de abril de 2016, na série sem ajuste sazonal, o que ressalta sua característica de segmento dinâmico, com a geração de serviços de elevado valor agregado. Isso porque as empresas vêm retomando a contratação de serviços de informática, para atender suas necessidades estratégicas, visando manter seus níveis de competitividade e produtividade", explicou o IBGE.

O IBGE informou ainda que a receita nominal do setor de serviços caiu 1,3% entre setembro e outubro. Em relação ao antepenúltimo mês de 2015, o recuo foi maior, de 3,1%. No ano e em 12 meses, a variação da receita nominal foi nula.