Apoio a "golpistas" divide PT na Câmara
O apoio a candidatos à presidência da Câmara ligados ao impeachment de Dilma Rousseff ou ao governo de Michel Temer divide a bancada do PT, reunida nesta sexta-feira em um almoço em Brasília para tratar do tema. O partido tem a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 58 parlamentares, e tem sido cortejado por todos os postulantes. Deve tomar uma decisão até a próxima sexta-feira, 20, após reuniões da executiva e do diretório nacional da legenda.
Enquanto alguns defendem uma postura mais pragmática, para que o partido consiga obter postos na mesa diretora da Câmara e o comando de comissões, outros entendem que o melhor seria apoiar um candidato de oposição. A primeira opção, porém, desagrada a base do partido e movimentos sociais, além de colocar em xeque o discurso de que Dilma foi vítima de um golpe. A segunda, põe a legenda sob o risco de ficar isolada, sem nenhum posto importante na Casa, pelos próximos dois anos.
A escolha será difícil. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é visto como "um líder do governo", dado o seu comprometimento com a agenda de reformas de Temer. Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF) foram, respectivamente, relator e presidente da comissão do impeachment na Câmara, no ano passado.
"Acho que não deve apoiar golpista nunca", disse Afonso Florence (BA), que liderou a bancada até o fim de 2015. "Não tem hipótese de apoiar alguém da base de Temer."
Florence defendeu que o partido apoie uma candidatura da oposição. Até o momento, a que se apresenta é a de André Figueiredo (PDT-CE), mas ele não descarta que o nome saia de outro partido aliado, como o PCdoB. Um nome do PT seria "inviável" neste momento.
Publicamente, ninguém defende que se feche com uma candidatura governista. Importantes petistas, como o presidente da sigla, Rui Falcão, e o atual líder da bancada, Carlos Zarattini (SP), afirmam que o partido exigirá do próximo presidente o "respeito à proporcionalidade" das bancadas, na composição da mesa.
"É preciso uma dose de paciência muito grande", disse o líder da oposição na Câmara, o petista José Guimarães (CE). "Para evitar o esgarçamento de nossas relações com os movimentos sociais, que são muito boas, e o isolamento".
Enquanto alguns defendem uma postura mais pragmática, para que o partido consiga obter postos na mesa diretora da Câmara e o comando de comissões, outros entendem que o melhor seria apoiar um candidato de oposição. A primeira opção, porém, desagrada a base do partido e movimentos sociais, além de colocar em xeque o discurso de que Dilma foi vítima de um golpe. A segunda, põe a legenda sob o risco de ficar isolada, sem nenhum posto importante na Casa, pelos próximos dois anos.
A escolha será difícil. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é visto como "um líder do governo", dado o seu comprometimento com a agenda de reformas de Temer. Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF) foram, respectivamente, relator e presidente da comissão do impeachment na Câmara, no ano passado.
"Acho que não deve apoiar golpista nunca", disse Afonso Florence (BA), que liderou a bancada até o fim de 2015. "Não tem hipótese de apoiar alguém da base de Temer."
Florence defendeu que o partido apoie uma candidatura da oposição. Até o momento, a que se apresenta é a de André Figueiredo (PDT-CE), mas ele não descarta que o nome saia de outro partido aliado, como o PCdoB. Um nome do PT seria "inviável" neste momento.
Publicamente, ninguém defende que se feche com uma candidatura governista. Importantes petistas, como o presidente da sigla, Rui Falcão, e o atual líder da bancada, Carlos Zarattini (SP), afirmam que o partido exigirá do próximo presidente o "respeito à proporcionalidade" das bancadas, na composição da mesa.
"É preciso uma dose de paciência muito grande", disse o líder da oposição na Câmara, o petista José Guimarães (CE). "Para evitar o esgarçamento de nossas relações com os movimentos sociais, que são muito boas, e o isolamento".
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