UnB vai desenvolver método de gestão de pessoal para o governo federal
A Universidade de Brasília (UnB) vai desenvolver e colocar em funcionamento um método para que o governo faça uma gestão mais eficiente do pessoal empregado pelos órgãos federais. No futuro, esse método poderá ser utilizado para a autorização de novos concursos públicos.
O projeto terá um custo de R$ 6,5 milhões, segundo o Ministério do Planejamento, que prevê economia de R$ 193,5 milhões para o governo federal nos próximos cinco anos. O acordo entre governo e universidade foi publicado nesta quarta-feira (22) no "Diário Oficial da União" (DOU).
Segundo o ministério, a metodologia será customizada para os mais de 200 órgãos integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec).
"O uso da metodologia diminuirá o tempo gasto para a análise da força de trabalho. Atualmente, este estudo é realizado em dois anos. Com o modelo, ele será feito em três meses", afirma o comunicado do órgão.
Após o desenvolvimento do modelo, a universidade fará a transferência da tecnologia e do método matemático de cálculo da força de trabalho para o governo federal. Assim, não será mais necessário que cada órgão faça seu próprio investimento, gerando economia no futuro, explicou Augusto Chiba, secretário de Gestão de Pessoas do MP.
A Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) utilizará a metodologia como base para suas estratégias no setor. Segundo Chiba, é necessário que este trabalho seja testado nas diferentes realidades do serviço público.
"Precisamos atender as necessidades de diversos órgãos, desde as próprias universidades federais até a Advocacia-Geral da União", afirma o secretário. Atualmente, existem 309 carreiras no governo federal de acordo com o Painel Estatístico de Pessoal (PEP).
Para 2018, as demandas por novos concursos somam R$ 4,3 bilhões, mas a Lei Orçamentária do próximo ano tem reservado para novos concursos cerca de R$ 550 milhões.
"A metodologia vai nos ajudar a adequar em cada órgão o quantitativo ideal de pessoas e apontar, ainda, indicadores de necessidades de automação, mapeamento de processos e também de competências, modernizando a análise da recomposição da força de trabalho", afirma Chiba.
As principais justificativas das solicitações para concursos são aumento de serviços e vagas a serem preenchidas (37%) e possíveis aposentadorias nos próximos anos (26%).
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