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Produtor brasileiro já comercializou 85% da safra 2013/2014 de café

11/04/2014 11h24

A comercialização de café perdeu um pouco de ritmo nas últimas semanas. Exportadores estão menos agressivos, amarrados a limitações de caixas, custos de margem e de proteção mais caros, e pela cautela frente à incerteza da safra futura no Brasil.

Estão bem comprados para o curto prazo e esperam uma maior clareza em relação ao tamanho da safra brasileira. Por isso, o mercado vive momentos de instabilidade e maior agitação nos negócios, seguido de calmaria.

A recente valorização deu um impulso aos preços, mas os negócios no físico não evoluíram no mesmo ritmo da puxada e agitação externa.

O levantamento mensal de Safras & Mercado junto a corretores, produtores, cooperativas e secretarias de Agricultura das principais regiões produtoras do país apontou um comprometimento por parte dos produtores de 85% da safra 2013/2014. Isso corresponde a um avanço de 8 pontos percentuais no comparativo ao final de fevereiro.

Os preços bastante elevados no início de março estimularam as vendas e puxaram o ritmo, compensando a perda de dinamismo do final do mês. Assim, a comercialização anda bem e o fluxo de vendas se distancia de igual período do ano passado, quando as vendas estavam em 75%.

O fina de ano deverá ser atípico, com oferta escassa e produtor mais capitalizado. As boas vendas ao longo de março fizeram a comercialização convergir para a média dos últimos 5 anos (2009-2103), com vendas de 86% da safra.

Um avanço e tanto nas vendas de café, puxado principalmente pelo arábica, cuja comercialização alcança 85% da safra, em linha com a média histórica do período e 12 pontos percentuais acima de igual período do ano passado.

A comercialização de conillon chega a 87% da safra, ligeiramente abaixo da média histórica, em 90%.

As vendas de café da safra nova, que ganharam força em fevereiro, perderam um pouco de dinâmica agora em março. A incerteza em relação à safra futura é um dos entraves aos negócios antecipados.

Os números preliminares apontam um comprometimento entre 16% a 17% da safra, com vendas de café girando em torno de 9 milhões de sacas, sendo algo como 8 milhões de arábica e pouco mais de 1 milhão de conillon.

O percentual tem por base uma produção entre 48 milhões a 49 milhões de sacas. Em fevereiro, o percentual vendido estava entre 13% a 15%, ou seja, evoluiu pouco, mesmo com o preço alto do começo de março. A média histórica para o período gira entre 16% a 18%.