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Investir em franquia é opção na crise, mas custos precisam ser avaliados

Filomena Garcia

Colunista do UOL

18/08/2015 06h00

Como a franquia é um modelo de negócio que já foi testado e aprovado para só depois ser replicado, ela costuma ser um investimento mais seguro. Por isso, em momentos turbulentos da economia, é comum que muitos empreendedores optem pela compra de uma unidade franqueada em vez de abrir uma empresa por conta própria.

A franquia é uma opção para quem quer empreender agora. Mas quem sonha em comprar uma unidade franqueada deve estar ciente de todos os custos e se preparar para arcar com eles – para não ter nenhuma surpresa no futuro. Ao franqueado cabe investir (e reinvestir) os recursos necessários para implantar a franquia e para mantê-la funcionando de acordo com os padrões ditados pela empresa franqueadora.

Também é dever do franqueado arcar com os custos e despesas relacionados à operação e à gestão de seu negócio e também pagar à franqueadora os valores relativos à aquisição e continuidade da franquia.

Normalmente, esses valores incluem: taxa de franquia, de royalties e taxa de propaganda. Pode haver ainda a cobrança de outros valores, desde que prevista em contrato ou previamente ajustada de comum acordo entre as partes.

O franqueado tem o dever de remunerar a franqueadora de acordo com as regras expostas em contrato. Normalmente, primeira taxa a ser paga é a Taxa de Franquia. Ela funciona como uma espécie de valor de entrada, porque dá ao franqueado o direito de fazer parte da rede e também de usar a marca da empresa franqueadora.

Esse valor remunera todo o conhecimento que a franqueadora irá passar ao seu futuro fraqueado e sua equipe sobre a implantação, operação e gestão do negócio, incluindo muitas vezes os custos com treinamento inicial. Normalmente, a taxa de franquia é paga uma vez, na assinatura do contrato, e também na renovação do contrato.

Há pelo menos duas outras taxas que o franqueado costumará pagar para a franqueadora – só que de forma periódica, geralmente a cada mês. Uma delas são os royalties, que costumam ser cobrados mensalmente pela maioria das franqueadoras como forma de remuneração pelo uso da marca e venda de seus produtos ou serviços.

Há diversas formas de cobrança dessa taxa. Algumas redes cobram royalties sobre o faturamento bruto. Outras embutem o valor no preço dos produtos. Todas as modalidades são válidas, desde que expostas com transparência no contrato.

Por fim, o franqueado também costuma pagar mensalmente uma taxa de propaganda. Nesse caso, vale ressaltar que o dinheiro não vai para o caixa da empresa franqueadora, mas sim para um Fundo de Marketing, que vai custear as ações de divulgação da franquia.

Agora que você já sabe quais são as despesas que um franqueado tem de pagar durante o ano, faça as contas, planeje seu investimento e escolha a franquia mais adequada ao seu perfil.