Como é feita a criação de camarões em cativeiro

Divulgação/ABCC
O Brasil produziu no ano passado cerca de 75 mil toneladas de camarão marinho em cativeiro. Ceará e Rio Grande do Norte reúnem a maior parte das fazendas onde o crustáceo é criado, sendo responsáveis por 75% da produção nacional. Mais
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A reprodução dos camarões acontece em laboratórios especializados. Depois do acasalamento, as fêmeas colocam os ovos, que são desinfetados e levados para tanques onde nascem os filhotes. Durante cerca de 25 dias, os camarõezinhos sofrem diversas transformações, até que possam ser vendidos para os criadores e transferidos para tanques externos. Mais
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Pequenos criadores em geral colocam os camarões comprados nos laboratórios diretamente em tanques escavados no solo e com água salgada. Em fazendas com mais tecnologia, os animais passam antes por reservatórios menores, chamados de berçários. Os crustáceos são mantidos ali por entre 10 e 15 dias, ficando sob observação constante e recebendo ração de duas em duas horas. Isso acelera o crescimento e aumenta o índice de sobrevivência dos exemplares, como os mostrados dentro do vidro, nos viveiros maiores. Mais
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Os camarões que saem dos berçários são transferidos para grandes viveiros a céu aberto. Alguns criadores mais profissionalizados utilizam um tanque intermediário entre essas duas fases; construído em alvenaria ou em fibra de vidro, é chamado de "raceway", e acelera ainda mais o processo de engorda e aumenta a capacidade de produção por área, já que tem sistema de renovação da água e equipamentos para aumentar seu nível de oxigênio. Mais
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Nos viveiros de engorda, os camarões recebem ração industrializada, feita à base de farinha e óleo de peixe e farinha de soja, além de outros nutrientes. Na imagem, funcionário distribui ração no tanque, o que ocorre três vezes ao dia. O período de engorda varia em função do tamanho do camarão exigido pelo comprador; para exemplares com peso médio de 11 gramas, pedido mais comum no mercado, o tempo de engorda é de 90 a 100 dias. Mais
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Quando os camarões atingem o peso desejado, é feita a despesca, nome que é dado ao esvaziamento do tanque para a retirada dos crustáceos. Os animais são capturados com a ajuda de redes na comporta de drenagem do viveiro e colocados em reservatórios contendo água e gelo -- isso provoca a morte dos camarões por choque térmico e ajuda a manter a textura da carne. Os exemplares são então levados em caminhões refrigerados para o processamento. Mais
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Nas unidades de beneficiamento das fazendas ou nas indústrias, os camarões que vêm da despesca passam por um processo de lavagem e classificação, separando-se os exemplares que não servem para a comercialização. A imagem mostra a esteira de triagem da indústria Potiporã, em Pendências (RN). Mais
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Os camarões selecionados são separados por tamanho, embalados e congelados. Também podem passar por outros processamentos, de acordo com pedidos do mercado: as empresas oferecem camarões sem cabeça, sem vísceras, descascados ou pré-cozidos para exportação, como aparece na imagem. As exportações brasileiras tiveram pico em 2003, com 58,5 mil toneladas, mas não houve vendas internacionais em 2012; os negócios foram retomados em julho deste ano, quando 200 toneladas foram despachadas para França e Espanha. Mais