Conheça as diferenças entre os tipos de feijão no Brasil

Montagem/UOL
O Brasil produz em média 3 milhões de toneladas de feijão por ano, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e é um dos alimentos básicos do país. Há diversos tipos disponíveis no mercado, mas nem todos são consumidos em grande escala. Clique nas fotos acima e conheça algumas variedades e suas características, de acordo com informações do diretor-geral do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Sérgio Augusto Carbonell
Reinaldo Canato/UOL
O feijão carioca, também chamado de carioquinha, é o mais consumido no Brasil, correspondendo a 85% das vendas. O grão bege e com listras marrons se popularizou no país a partir da década de 70 pois é muito produtivo, segundo Sérgio Augusto Carbonell, diretor-geral do IAC
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Popular, com sabor agradável, cozimento rápido e casca fina, o carioca foi escolhido para se tornar o primeiro feijão transgênico desenvolvido no Brasil. A nova variedade será resistente ao mosaico dourado, umas das principais doenças que atacam a lavoura. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que encabeça as pesquisas, acredita que em 2015 o grão estará disponível para plantio
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Muito consumido no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, o feijão preto é também apreciado em todo o país em feijoadas e na cozinha mexicana. Este grão é resistente em períodos de seca e é bastante produtivo, ou seja, a colheita costuma ser farta. O caldo pode ser preto ou de cor amarronzada
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Com caldo ralo e casca fina, o feijão branco é usado em pratos como saladas, sopas e ensopados, além de ser servido com dobradinha (ou buchada). O consumo não é muito popularizado e há poucas plantações deste grão. Costuma ser apreciado nos Estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul, de acordo com Carbonell, do IAC
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O feijão-de-corda é bastante apreciado no Nordeste e em Minas Gerais e é considerado uma variação do feijão-fradinho. Não é um grão que produz caldo, mas pode ser consumido como aperitivo. Também é chamado de feijão-macaçar ou caupi
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O fradinho, que também é chamado de feijão-de-corda em algumas regiões, é utilizado para preparar saladas ou pratos especiais. Pouco consumido, é um grão que não produz caldo e tem o sabor frutado. É consumido na Bahia, no preparo do acarajé, por exemplo
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O feijão-jalo tem os grãos alongados e é levemente adocicado, com massa consistente e caldo grosso. Pode ser utilizado para engrossar feijoadas, fazer tutu e no feijão tropeiro. É pouco consumido no Brasil, mas costuma ser exportado para os países árabes
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Com coloração avermelhada, o jalo-roxo é uma variação do jalo comum. Com grãos grandes, é utilizado em sopas e saladas nas cozinhas paulista, mineira e goiana
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Rosado e de caldo claro, o feijão-rosinha já foi bastante consumido no país antes da década de 70, mas perdeu espaço entre os agricultores por ser um grão bastante suscetível a pragas e doenças no campo. Tem o sabor mais suave que o carioca e, quando cozido, produz um caldo grosso
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Os grãos do feijão-azuqui ou adzuki são menores do que os de variedades mais conhecidas, como o carioca. O azuqui é mais adocicado e bastante utilizado em sobremesas da culinária do Japão, de onde é originário. É pouco cultivado no Brasil
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Esverdeado, o feijão-bolinha, também conhecido como manteiga, tem sabor agradável, mas deixou de ser consumido no país por escassez de plantações e demanda. O grão é bastante suscetível a pragas e doenças e só é produzido por encomenda, atualmente, de acordo com o IAC
Embrapa/Divulgação
De cor avermelhada, o feijão-roxinho tem textura macia e dá bom caldo. É muito consumido em São Paulo e Minas Gerais
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De coloração amarronzada, o feijão-mulatinho se parece com o grão do tipo carioca, mas sem as listras. É um feijão que teve seu consumo reduzido a partir da década de 70 no Brasil. Tem sabor suave e boa produção de caldo