Conheça peixes da Amazônia e saiba quais têm uso comercial

Arte/UOL
A Amazônia reúne cerca de 3.000 espécies de peixes, mas nem todas são exploradas comercialmente. Uma pesquisa da Universidade Federal do Amazonas indica que algumas são pouco aproveitadas por excesso de espinhas, baixa proporção de carne, dificuldade de pesca ou até por falta de hábito da população. Clique nas fotos acima e conheça mais sobre os peixes amazônicos
Jimmy Christian/Divulgação
O pirarucu ("Arapaima gigas") é um dos maiores peixes de água doce do mundo, chegando a pesar até 200 kg. Desde 2008, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) mantém na Amazônia um projeto de criação do peixe em cativeiro que já tem 200 participantes Mais
Rodrigo Baleia/Folhapress
Com capacidade para atingir até 80 cm de comprimento e cinco quilos, a matrinxã ("Brycon cephalus") vem sendo pesquisada como uma opção à sardinha, que responde por dois terços do mercado nacional de peixes em conserva, mas teve queda de 30% nos cardumes nas últimas décadas Mais
Jefferson Christofoletti/Embrapa/Divulgação
Principal peixe criado em cativeiro no Estado do Amazonas, segundo a Embrapa, o tambaqui ("Colossoma macropomum") tem boa quantidade de carne, considerada saborosa. Ele atinge 3 kg no período de um ano, quando é abatido; na natureza, chega a pesar 40 kg. Em cativeiro, os reprodutores precisam receber uma injeção de hormônio para estimular a desova e a inseminação, o que não traz problemas para os peixes nem para o consumo da carne, segundo a Embrapa Mais
Eduardo Vessoni/UOL
Por se alimentar de peixes menores, o tucunaré ("Cichla sp") é um peixe "briguento" e importante para a pesca esportiva na Amazônia, além de se reproduzir com facilidade em cativeiro e chegar a 4 kg a 6 kg. Em tanques de tilápias no Nordeste, usa-se o tucunaré para comer os filhotes de peixes e fazer o controle da população
Roberto de Oliveira/Folha Imagem
O curimbatá ou curimatã ("Prochilodus sp.") pode ser encontrado na Amazônia e em outras partes do país, como as bacias do Prata e do São Francisco. Sua carne é apreciada em todas as regiões, e as técnicas de criação e reprodução da espécie já estão dominadas
Jonas Alves/Instituto Mamirauá/Divulgação
Encontradas na Amazônia e em outros pontos da América do Sul, as piranhas têm aproveitamento restrito, sendo consumida basicamente sob a forma de caldo, um prato muito popular no Norte do país. De 35 espécies conhecidas, três são agressivas, como a "Pygocentrus nattereri" (foto)
Jonas Alves/Instituto Mamirauá/Divulgação
O nome da piramboia ("Lepidosiren paradoxa") vem do tupi, e quer dizer "peixe-cobra". Os exemplares da espécie são encontrados principalmente na Amazônia e não costumam ser usados comercialmente. Durante a seca, se enterram na lama e usam sua bexiga natatória como pulmão até a chegada das chuvas
Wikimedia commons
Atingindo até 2 metros e 20 kg, o poraquê ("Electrophorus electricus") é uma das espécies conhecidas como peixe-elétrico, e não é utilizado comercialmente. Seu nome quer dizer, em tupi, "o que coloca para dormir", por causa dos choques de até 500 volts que usa para se defender de predadores
Reprodução
Encontrado na Amazônia, assim como na bacia dos rios São Francisco e Prata, o jacundá ("Crenicichla sp.") é pouco consumido pela população. Ele se alimenta de pequenos peixes, camarões, insetos, minhocas e vermes encontrados no fundo dos rios. Chega a medir até 35 cm de comprimento e vive em cardumes
Jonas Alves/Instituto Mamirauá/Divulgação
Candiru e peixe-vampiro são nomes populares dados a várias espécies de peixes parasitas de 2 a 18 cm e com forma de enguia, entre elas a "Plectrochilus wieneri" (foto); nenhuma é comumente consumida pela população. Os exemplares menores podem penetrar no organismo humano através da uretra, onde chegam seguindo o fluxo da urina. Dentro do corpo da vítima, eles se alimentam de sangue e só podem ser retirados com cirurgia