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Semana Internacional do Café fechará negócios e discutirá crise no setor

09/09/2013 12h37

Maior produtor mundial de café, o Brasil sedia de hoje (9) a sexta-feira (13) a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte. Duranteo evento, 200 delegados da OIC (Organização Internacional do Café) representando 77 países discutirão os rumos da cafeicultura. Haverá ainda premiações e rodadas de negócios, com previsão de movimentação de R$ 20 milhões na feira e R$ 30 milhões indiretamente.

Um dos temas do encontro é a crise dos preços do café, que afeta o mercado internacional e o doméstico. “Vamos apresentar números para discutir com todos os países-membros e teremos uma conferência de imprensa na quinta-feira [12]”, explica Robério Silva, diretor-executivo da OIC, organização intergovernamental que reúne os principais países produtores e importadores de café.

O organismo, que tem sede em Londres, fará reunião comemorativa de 50 anos durante a Semana Internacional do Café

Diretor da OIC afirma que consumo evita problemas com grandes safras

Na avaliação de Robério Silva, o temor do mercado sobre o risco representado por safras volumosas não procede. “São expectativas de que você possa ter safras maiores no futuro e que não tenha consumo. Mas o café passou ao largo dessa crise [econômica global]. As pessoas continuam consumindo”, afirma.

Quanto às dificuldades dos produtores brasileiros, que se queixam do custo de produção superior ao preço mínimo, atualmente em R$ 307 por saca de 60 kg, o diretor-executivo diz que é preciso aguardar os resultados dos leilões do governo.

Uma portaria publicada na última sexta-feira (6) no Diário Oficial da União estabeleceu os parâmetros para venda de 3 milhões de sacas a R$ 343 cada.

O deputado Silas Brasileiro (PMDB-MG), presidente do CNC (Conselho Nacional do Café) afirma que a oficialização dos leilões, em que o governo adquire sacas de cafés pelo preço estipulado, ajudará na reação dos preços.

“O aviso [sobre os leilões] já é coisa definida, não é especulação. Há também a questão dos agentes financeiros. Mais 16 bancos assinaram contrato com o Funcafé [Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, criado por lei e destinado ao incentivo e financiamento da cafeicultura]. À medida que os recursos são passados aos produtores, evita-se o excesso de oferta”, diz.

Público esperado para o encontro em Belo Horizonte é de 12 mil pessoas

A Semana Internacional do Café é promovida pelo governo de Minas Gerais, pela Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), pela OIC e pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o das Relações Exteriores.

Segundo informações da organização, são esperados 12 mil visitantes durante os cinco dias de feira.

(Com Ag. Brasil)