PIB agrícola bate R$ 1 trilhão e chega a 23% do PIB brasileiro, diz CNA
O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo setor, deve encerrar 2013 em R$ 1,02 trilhão, alta de 3,56% em comparação com 2012, segundo o balanço da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Caso o resultado se confirme, o PIB do agronegócio representará 22,8 % do PIB nacional, estimado em R$ 4,49 trilhões.
No ano passado, o PIB do segmento caiu 1,57% em relação a 2011 e fechou em R$ 988 bilhões. Para 2014, a CNA estima que o Valor Bruto da Produção atinja R$ 438 bilhões, alta de 3,2% frente a 2013, que deve fechar o ano em R$ 424 bilhões.
Para CNA, será preciso pressionar governo para evitar alta nos juros
Segundo a CNA, a oferta de crédito para o agronegócio seguirá estável no ano que vem. Por isso, não devem faltar recursos para financiar os R$ 136 bilhões previstos no Plano Safra 2013/2014.
A CNA afirma, porém, que o setor terá que interceder junto ao governo para evitar a alta nos juros dos financiamentos, já que a taxa Selic, que serve como base para os juros cobrados no país, deve aumentar para 11,75% perto do início da safra 2014/15 --atualmente, a taxa é de 10%.
Infraestutura e logística continuam a trazer prejuízos a toda a cadeia produtiva e representam cerca de 9% do PIB do agronegócio, segundo a CNA. A estimativa é que haja desperdício de 6% a 13% da soja durante seu transporte até os portos.
Com a estrutura ruim, o preço do frete teria subido em 12 meses 42,6% entre Sorriso (MT) e Santos (SP), por exemplo.
Preços do arroz e feijão devem se manter
No caso de alimentos básicos como arroz e feijão, a CNA estima que em 2014 haverá aumento da produção, mas os preços dos produtos devem seguir estáveis. A oferta do arroz seguirá justa ao consumo. No feijão, haverá aumento de até 29% na produção e as importações serão reduzidas.
No caso da soja e do milho, a CNA avalia que a alta na produção da oleaginosa deve levar o Brasil ao posto de principal produtor mundial. No milho, a baixa dos preços levará a uma redução da produção no país.
O café em 2013 registrou um dos piores desempenhos nos produtos agrícolas e a tendência de baixos preços deve continuar. A avaliação é que o excesso de oferta mundial continue a derrubar as cotações.
(Com Valor Online)
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