Limpe seu nome, mas evite erros ao negociar dívidas

Marcelo Justo/Folhapress
COMPROMETER TODA A RENDA COM DÍVIDAS - É natural que quem tem dívidas queira sair delas o quanto antes. Mas a planejadora financeira Rosário Pujado alerta: quem compromete uma parte muito grande da renda com as parcelas dificilmente consegue pagá-las. O ideal, diz ela, é que as dívidas (todas elas, incluindo prestação da casa própria) correspondam a no máximo 30% do salário líquido do consumidor Mais
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NÃO PRESTAR ATENÇÃO NO PRAZO - Uma boa forma de negociar é pedir que a loja ou o banco reduza os juros cobrados na dívida. Olhar só os juros ou o valor da parcela, porém, não basta. "É melhor uma dívida de um dia com 100% de juros do que uma dívida de um ano com 95% de juros", exemplifica o economista Samy Dana. Ou seja: mesmo que a taxa seja mais baixa, a dívida será muito cara se o prazo de pagamento for longo demais Mais
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IGNORAR CUSTOS NÃO EXPLÍCITOS - Os juros não são o único gasto que um endividado tem. Estão embutidos em um financiamento outros gastos, como impostos, seguros e tarifas, que muitas vezes não são claramente informados. É obrigação da loja ou do banco deixar claro o custo efetivo total do financiamento, que inclui tudo isso e mostra com maior precisão o gasto que o consumidor terá para quitar aquela dívida Mais
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CONTRATAR PRODUTO PARA TER DESCONTO - Muitas vezes, ao pedir um empréstimo para o banco ou renegociar uma dívida, o consumidor é informado de que pode ter acesso a uma taxa de juros mais baixa se contratar um seguro, um título de capitalização ou um cartão de crédito. Essa prática é proibida. Além disso, diz o economista Samy Dana, pagar por um produto adicional pode fazer o desconto na taxa cair por terra Mais
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FAZER NOVA COMPRA A PRAZO - Se o consumidor está inadimplente e renegocia a dívida, seu nome deve ser retirado dos cadastros de proteção ao crédito. Isso não significa que ele deve se sentir livre para assumir novas prestações. "É necessário honrar o acordo e reservar dinheiro para as prestações. Sair das dívidas é também um sonho, e é preciso priorizá-lo", diz o educador financeiro Reinaldo Domingos Mais
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NÃO ESTABELECER PRIORIDADES - Quem tem várias dívidas ao mesmo tempo precisa estabelecer prioridades de pagamento, até porque nem sempre será possível quitar todas elas de uma só vez. O educador financeiro Reinaldo Domingos sugere que financiamentos do carro e da casa sejam priorizados. Isso porque, nesses casos, os bens são dados como garantia, e falta de pagamento pode fazer o consumidor perdê-los para o banco Mais
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NÃO REESTRUTURAR O ORÇAMENTO - A primeira coisa que uma pessoa endividada deve fazer é procurar o credor para renegociar o débito. Mas de nada adianta firmar um acordo se o orçamento não for revisto. "Antes de sair pagando a dívida, é necessário fazer um diagnóstico financeiro", aconselha o educador financeiro Reinaldo Domingos. É preciso conversar com a família e cortar gastos, para evitar cair em novas dívidas no futuro Mais
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OPTAR POR SOLUÇÕES MILAGROSAS - As instituições financeiras oferecem vários produtos para quem está endividado. Entre as novidades, estão título de capitalização que sorteia dinheiro para quitação de dívidas e empréstimo que permite ao consumidor "pular" uma parcela. Acreditar na sorte ou adiar o pagamento, porém, não é a melhor forma de encarar o problema, diz a planejadora financeira Rosário Pujado Mais